Blinken diz que as Forças de Apoio Rápido do Sudão cometeram genocídio e defende aplicação de sanções

247 - O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou que, de acordo com autoridades norte-americanas, membros das Forças de Apoio Rápido (RSF) do Sudão cometeram genocídio. Ele anunciou sanções contra o líder das RSF, um grupo apoiado por forças estrangeiras no Sudão, localizado no continente africano. 

"Concluímos que membros das RSF e milícias aliadas cometeram genocídio no Sudão", afirmou Blinken, acrescentando que os EUA chegaram a essa conclusão com base nas informações sobre assassinatos sistemáticos de "homens e meninos – até bebês – com base em sua etnia", além do direcionamento deliberado de mulheres e meninas "de certos grupos étnicos para estupros e outras formas de violência sexual brutal".

Os EUA impuseram sanções ao líder das RSF, Mohammad Hamdan Daglo Mousa, conhecido como Hemedti, "por seu papel nas atrocidades sistemáticas cometidas contra o povo sudanês". Os EUA também sancionaram sete empresas pertencentes às RSF, localizadas nos Emirados Árabes Unidos, e uma pessoa por seu papel na aquisição de armas para as RSF, acrescentou.

Blinken disse que os EUA não apoiam nenhum dos lados do conflito no Sudão. Ele também afirmou que Washington busca responsabilizar todas as partes em guerra cujas ações alimentam esse conflito.

O Sudão enfrenta intensos confrontos entre as Forças Armadas Sudanesas e as Forças de Apoio Rápido paramilitares desde abril de 2023. O conflito causou mais de 27.000 mortes civis, de acordo com as últimas estimativas da organização não governamental Armed Conflict Location & Event Data (ACLED). As hostilidades também deixaram quase 11 milhões de pessoas deslocadas, segundo a Organização Mundial da Saúde (com Sputnik).