Bombardeios israelenses na Síria deixam 71 mortos, o ataque mais letal desde o início da guerra civil
O ataque aéreo, ocorrido na quarta-feira (20), atingiu múltiplos alvos na cidade histórica de Palmira
247 - O bombardeio mais letal realizado por Israel contra grupos pró-Irã na Síria desde o início da guerra em Gaza matou 71 pessoas, segundo informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH). O ataque aéreo, ocorrido na quarta-feira (20), atingiu múltiplos alvos na cidade histórica de Palmira, incluindo um armazém, um restaurante e edifícios usados por combatentes pró-iranianos e suas famílias, infomra O Globo.
De acordo com o OSDH, entre as vítimas estavam 45 combatentes sírios e 26 estrangeiros, a maioria deles membros do grupo iraquiano al-Nujaba, além de integrantes do Hezbollah. Civis também figuram entre os feridos, o que amplia a dimensão humanitária da tragédia.
Israel amplia ataques na região - Desde o início da guerra na Síria, em 2011, Israel tem realizado centenas de bombardeios contra o território sírio, com o objetivo de enfraquecer o Irã e seus aliados na região, como o Hezbollah. Contudo, a ofensiva se intensificou nas últimas semanas, em meio ao conflito em Gaza e às crescentes tensões na fronteira com o Líbano.
O ministro da Defesa de Israel, Gideon Saar, já havia afirmado que ataques como esse visam enviar uma mensagem clara ao presidente sírio, Bashar al-Assad: “Se ele decidir prejudicar a segurança de Israel, colocará seu regime em risco”.
Palmira, localizada a nordeste de Damasco, tem grande importância histórica e geopolítica. Antiga sede do grupo Estado Islâmico (EI), a cidade é Patrimônio Mundial da UNESCO e continua sendo alvo de disputas estratégicas.
Rotas de contrabando sob ataque - Israel tem intensificado os esforços para interromper rotas de contrabando de armas na Síria, usadas para abastecer o Hezbollah. Pontes, estradas e cruzamentos estratégicos têm sido sistematicamente destruídos. Na semana passada, o Exército israelense confirmou bombardeios direcionados a essas rotas, em operações que frequentemente atingem também civis e causam danos significativos à infraestrutura local.
Impacto humanitário - Além das mortes de combatentes, o conflito agrava a situação de milhares de civis na região. Muitos são forçados a fugir, carregando seus pertences em jornadas cada vez mais perigosas.
De acordo com o OSDH, os ataques israelenses na Síria já somam 152 só em 2024, com 303 combatentes e 62 civis mortos. A escalada reflete o aprofundamento das tensões regionais e os riscos de um conflito ainda mais amplo envolvendo potências locais e internacionais.
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