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    Brasil propõe ao Japão ingressar com "pequena cota" no mercado de carne bovina

    Atualmente, o mercado do Japão é fechado para essas proteínas brasileiras devido a fatores como questões sanitárias

    Açougueiro descarrega carne de um caminhão do lado de fora de um açougue em São Paulo (Foto: Paulo Whitaker / Reuters)

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    SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil propôs ao Japão participar inicialmente de uma "pequena cota" do mercado japonês de carne bovina, para mostrar a qualidade de seu produto sem afetar interesses japoneses, disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, nesta sexta-feira.

    Em troca, o Brasil abriria compras da carne wagyu do Japão, tendo assim acesso ao mercado japonês de carne bovina e suína.

    "Propusemos a eles começar com uma pequena cota, não tem problema, nós queremos mostrar a qualidade da nossa carne... e por determinação do presidente Lula, que esta relação seja bilateral... então o Brasil abriria e nós ampliaríamos o consumo de wagyu, que é uma carne bovina produzida no Japão...", disse o ministro.

    A declaração a jornalistas foi feita após evento com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, em Brasília, no qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou um convite para visitar o Japão no próximo ano.

    O mercado do Japão é no momento fechado para essas proteínas brasileiras devido a questões sanitárias, entre outros fatores.

    Mas, à medida que o Brasil caminha para ser livre de febre aftosa sem vacinação, tais riscos não deveriam ser citados como motivos de embargo, argumenta o governo brasileiro.

    Fávaro disse ainda que o Brasil já poderia iniciar embarques ao Japão por Estados reconhecidos internacionalmente com livre de aftosa sem vacinação, como o Paraná e Santa Catarina, antes mesmo de todo o país ter o status sanitário confirmado pela Organização Internacional de Saúde Animal.

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