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    Centenas de soldados norte-coreanos já teriam morrido no conflito entre Rússia e Ucrânia, diz oficial dos EUA

    Segundo o oficial dos EUA, as tropas "nunca tinham lutado antes", o que poderia "explicar as perdas'"

    (Foto: Sputnik)
    Paulo Emilio avatar
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    RFI - "Centenas" de soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos em combates com o Exército ucraniano na região russa de Kursk, de acordo com informações divulgadas por um oficial americano nesta terça-feira (17). As tropas "nunca tinham lutado antes", acrescentou o militar americano, o que poderia “explicar as perdas”.

    O militar, que pediu para não ser identificado, acrescentou que a contagem incluía "de ferimentos leves a mortos em combate".

    O comandante do Exército ucraniano, Oleksandr Syrsky já havia declarado que há três dias "o 'inimigo' realiza operações ofensivas na região de Kursk, ao lado do Exército norte-coreano".

    A Ucrânia lançou uma ofensiva no início de agosto na região russa de Kursk - a maior em território russo desde a Segunda Guerra Mundial.

    Milhares de soldados norte-coreanos foram enviados à Rússia nas últimas semanas para apoiar o Exército do país, mas essa informação nunca foi confirmada.

    A Rússia e a Coreia do Norte assinaram um acordo de defesa que entrou em vigor no início de dezembro. O artigo 4º prevê "assistência militar imediata" em caso de agressão armada por outros países.   

    Apoio “perigoso” - O apoio "direto" da Coreia do Norte à Rússia no conflito contra a Ucrânia é perigoso, alertaram os Estados Unidos e seus aliados nesta segunda-feira (16).  

    Os Estados Unidos enviam armamento para Kiev desde o início da invasão russa em 2022. O país ainda tem US$ 5,6 bilhões disponíveis, mas os recursos não poderão ser gastos e enviados à Ucrânia antes da posse de Donald Trump, eleito em novembro.

    "Pedimos à Coreia do Norte que cesse imediatamente toda a assistência à Rússia na guerra contra a Ucrânia e retire suas tropas", reagiram em um comunicado os ministros das Relações Exteriores de vários países.

    O texto é assinado pelos representantes da Austrália, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Coreia do Sul e Nova Zelândia, Reino Unido, Estados Unidos e União Europeia.

    Em sua declaração, os dez países e a UE também denunciaram "a exportação pela Coreia do Norte de mísseis balísticos, projéteis de artilharia e outros equipamentos militares para a Rússia, que estão sendo usados na guerra contra a Ucrânia".

    Os ministros disseram estar "profundamente preocupados" com "o apoio político, militar ou econômico que a Rússia possa fornecer ao programa de armas ilegais da Coreia do Norte, incluindo as de destruição em massa".

    Novas sanções dos EUA - O Departamento do Tesouro dos EUA anunciou sanções contra nove indivíduos e sete entidades por seu apoio militar e financeiro à Coreia do Norte, incluindo o Golden Triangle Bank e o Korea Mandal Credit Bank.  

    Entre os alvos está Ri Chang Ho, um general que pode estar acompanhando as tropas norte-coreanas implantadas na Rússia. 

    Três "alvos" ligados ao programa de mísseis balísticos da Coreia do Norte também foram sancionados, de acordo com as autoridades dos EUA, que não deram maiores detalhes.

    "Essas medidas refletem a escalada da provocação e postura militar hostil da Coreia do Norte, que exacerba as tensões globais e desestabiliza a paz e a segurança regionais", ressalta o Departamento do Tesouro dos EUA.  

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