Cerca de 21 mil crianças e adolescentes estão desaparecidos em Gaza
O massacre de crianças é um crime horrendo dos sionistas
Prensa Latina - Cerca de 21 mil crianças menores de idade na Faixa de Gaza estão perdidos, sepultados sob os escombros, detidos ou enterrados em tumbas não identificadas, denunciou nesta segunda-feira (24) a organização Save the Children.
“Nossas equipes de proteção informaram que os últimos deslocamentos causados pela ofensiva israelense contra a cidade de Rafah, no sul, separaram mais crianças, o que aumentou a tensão nas famílias e nas comunidades que as cuidam", alertou a Organização Não Governamental em um comunicado divulgado em Ramallah.
É quase impossível coletar e verificar os números em Gaza, mas estima-se que pelo menos 17 mil dessas crianças estão separadas de suas famílias e é provável que outras quatro mil estejam enterradas sob os escombros, indicou.
A ONG afirmou que muitos estão desaparecidos, incluindo um número desconhecido que foi detido e transferido para prisões e centros de detenção israelenses.
“Todos os dias encontramos mais crianças desacompanhadas e todos os dias é mais difícil apoiá-las”, afirmou um especialista em proteção infantil da Save the Children que preferiu o anonimato.
Reunir essas crianças com suas famílias é difícil porque as hostilidades em curso restringem nosso acesso às comunidades e constantemente forçam as pessoas a se moverem, advertiu.
O ativista ressaltou que “muitas dessas crianças estão com estranhos ou completamente sozinhas, o que aumenta o risco de violência, exploração, abuso e negligência”.
A Save the Children denunciou que confirmar a identificação de um corpo é quase impossível porque famílias inteiras foram aniquiladas, além das restrições impostas pelo Exército ao ingresso dos especialistas.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 14 mil menores foram assassinados em Gaza desde o início da atual escalada de violência, em 7 de outubro do ano passado.
A ONG precisou que também 33 crianças israelenses perderam a vida desde essa data devido à guerra.
O grupo indicou que na Cisjordânia cerca de 250 crianças e adolescentes palestinos estão desaparecidos, presumivelmente detidos em prisões israelenses.
A ONU recebeu numerosos relatos de detenções em massa, maus-tratos e desaparecimento forçado de possivelmente milhares de pessoas, incluindo muitos membros desse setor populacional, sublinhou.
“As famílias são torturadas pela incerteza sobre o paradeiro de seus entes queridos. Nenhum pai deve ter que cavar em escombros ou em valas comuns para tentar encontrar o corpo de seu filho. Nenhuma criança deve estar sozinha, sem proteção em uma zona de guerra”, expressou Jeremy Stoner, diretor regional da Save the Children.
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