China avalia vender operações do TikTok nos EUA para Elon Musk
No entanto, um porta-voz do TikTok classificou a reportagem que fez a revelação como "pura ficção"
247 - As autoridades chinesas estão considerando a possibilidade de vender a participação do TikTok nos Estados Unidos para o bilionário Elon Musk, caso a plataforma não consiga evitar um banimento iminente. A informação foi divulgada pela agência de notícias Bloomberg, que ouviu fontes com conhecimento das discussões. A decisão surge em meio a pressões crescentes do governo dos EUA, que acusa o aplicativo de risco à segurança nacional.
Segundo a reportagem, o governo chinês ainda prefere manter o controle do TikTok nas mãos da ByteDance, empresa-mãe do aplicativo. No entanto, a Suprema Corte dos EUA deu sinais, durante audiências realizadas em 10 de janeiro, de que deve manter a legislação que obriga a venda ou fechamento das operações do TikTok no país.
Elon Musk, que já investiu mais de US$ 250 milhões na campanha de Donald Trump e foi convidado para colaborar com a eficiência do novo governo, é visto por Pequim como um possível comprador estratégico. A Bloomberg destacou que Musk poderia integrar o TikTok ao X (ex-Twitter), ampliando o alcance da plataforma e potencializando receitas publicitárias.
Apesar das especulações, um porta-voz do TikTok afirmou à revista Variety que as informações são "ficção pura". A ByteDance e representantes de Musk não comentaram oficialmente sobre o assunto.
O governo chinês possui uma "participação dourada" na ByteDance, o que lhe garante influência sobre as decisões da companhia. Entretanto, as regras de exportação da China impedem a comercialização de algoritmos sofisticados, como o sistema de recomendação do TikTok, o que pode dificultar qualquer acordo de venda.
Estima-se que as operações do TikTok nos EUA possam valer entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões. Analistas questionam como Musk financiaria a compra, considerando que ele ainda lida com dívidas resultantes da aquisição do Twitter por US$ 44 bilhões em 2022.
Outros interessados também demonstraram interesse na compra das operações do TikTok nos EUA, como o bilionário Frank McCourt e o investidor Kevin O'Leary, através do Project Liberty. No passado, Microsoft e Oracle também buscaram adquirir a divisão americana do aplicativo.
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