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    TikTok remove conta da Sputnik após sanções dos EUA contra mídia russa

    Decisão ocorre em meio à crescente pressão americana sobre o TikTok e à intensificação das tensões geopolíticas entre Estados Unidos, China e Rússia

    Logotipo do TikTok nos EUA (Foto: REUTERS/Mike Blake)
    Joaquim de Carvalho avatar
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    O Departamento do Tesouro dos EUA emitiu uma declaração em 4 de setembro anunciando sanções contra o grupo de mídia controlador da Sputnik, Rossiya Segodnya, RIA Novosti, RT, Sputnik e Ruptly. As sanções também tinham como alvo Margarita Simonyan, editora-chefe da Rossiya Segodnya, e vários outros executivos seniores.

    Na manhã de 21 de setembro, a plataforma de compartilhamento de vídeos TikTok removeu a conta Sputnik International da rede de notícias Sputnik , poucos dias após os EUA anunciarem novas sanções contra a mídia russa.

    O TikTok ainda não comentou a decisão.

    Pressão dos EUA

    O TikTok, que faz parte da empresa chinesa ByteDance, tem sofrido intensa pressão das autoridades dos EUA nos últimos meses. Em abril, o presidente dos EUA, Joe Biden, sancionou um projeto de lei aprovado pelo Congresso que proibiria o TikTok nos Estados Unidos se ele se recusasse a se desfazer de sua empresa controladora chinesa ByteDance. Desde então, o TikTok e a ByteDance contestaram a medida no tribunal.

    No início deste mês, o Departamento de Estado dos EUA reforçou as condições operacionais da Rossiya Segodnya e suas subsidiárias, designando-as como "missões estrangeiras".

    O bloqueio da Sputnik pelo TikTok pode ser interpretado como um esforço da China para evitar mais atritos com os Estados Unidos e outras potências ocidentais, ao mesmo tempo em que busca manter sua posição de liderança no setor de tecnologia e redes sociais.

    O TikTok já foi alvo de inúmeras críticas e tentativas de proibição nos EUA, sendo acusado de ser uma ferramenta de espionagem e controle por parte do governo chinês. Diante disso, a decisão de restringir uma agência de notícias russa na plataforma pode ser vista como uma resposta direta às pressões internacionais, além de uma forma de demonstrar neutralidade em relação a determinadas questões geopolíticas. 

    No entanto, críticos argumentam que isso revela um alinhamento da empresa com as normas e regulamentos ditados por governos ocidentais, o que pode complicar ainda mais as relações entre Rússia, China e o Ocidente.

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