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    China define novas sanções dos EUA por comércio com Rússia como 'ilegais' e diz que 'tomará medidas'

    Em um pacote abrangente anunciado pelo Departamento do Tesouro dos EUA na quarta-feira (1), Washington visou quase 300 entidades na Rússia, China e outros países

    (Foto: Pixabay | Reuters/Jason Lee)

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    Sputnik - Pequim disse nesta quinta-feira (2) que tomaria "medidas necessárias" depois que os Estados Unidos anunciaram novas sanções destinadas a paralisar as capacidades militares e industriais da Rússia, e puniu empresas chinesas e de outros países para concretizar isso.

    Em um pacote abrangente anunciado pelo Departamento do Tesouro dos EUA na quarta-feira (1º), Washington visou quase 300 entidades na Rússia, China e outros países.

    "O lado chinês insta os EUA a deixarem de difamar e conter a China e a parar de implementar sanções ilegais e unilaterais de forma desenfreada. A China tomará todas as medidas necessárias para defender resolutamente os direitos e interesses legais das empresas chinesas", disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China em mensagem à agência AFP.

    Pequim ainda acrescentou novamente que "não era nem criador nem parte" na crise na Ucrânia, e disse que tinha o direito de desenvolver "relações comerciais normais" com todos os países, incluindo a Rússia.

    "A China sempre se opôs resolutamente à implementação de sanções ilegais e unilaterais pelos Estados Unidos contra empresas chinesas e ao exercício de 'jurisdição de braço longo'", disse o porta-voz.

    A última onda de sanções dos Estados Unidos ocorreu uma semana depois que o presidente Joe Biden assinou um projeto de lei muito adiado para fornecer novo financiamento à Ucrânia, enquanto os militares de Kiev lutam para conter os avanços russos.

    Como parte das medidas, o Departamento de Estado colocou na lista negra indivíduos e empresas adicionais envolvidos nos setores energético, mineiro e metalúrgico de Moscou. Os quase 300 alvos atingidos incluíam empresas que supostamente permitiriam à Rússia adquirir tecnologia e equipamentos necessários do exterior.

    Alguns deles estavam baseados em países como a China, que enfrenta pressão crescente de Washington durante a operação russa na Ucrânia. Além de Pequim, as entidades não russas visadas estavam localizadas no Azerbaijão, na Bélgica, Eslováquia, Turquia e nos Emirados Árabes Unidos (EAU).

    O embaixador russo em Washington, Anatoly Antonov, disse nesta quinta-feira (2) que as novas sanções "são outro subterfúgio ilegítimo que não será capaz de intimidar a Rússia".

    "O mundo inteiro assistiu a outra 'mistura' de restrições elaboradas pela administração [dos EUA]. Este é um exemplo da continuação de numerosas ações russofóbicas levadas a cabo pelos EUA nos últimos dias. Estas incluem um pacote de ajuda multibilionário a Kiev, as entregas de munições perigosas de longo alcance aos seus fantoches e promessas de algumas garantias de segurança efêmeras ao regime", afirmou Antonov.

    O embaixador acrescentou que Washington, por meio de um estratagema ilegítimo, "apenas combate outros Estados e enriquece o solo de dúvidas sobre a construtividade do atual papel da América no mundo […]. Os Estados Unidos estão a tentar intimidar os nossos parceiros, incluindo a China, procurando interromper os canais normais de cooperação comercial externa. Estão novamente a visar empresas nacionais de alta tecnologia, transportes e energia, em uma tentativa de 'expulsar' os concorrentes dos mercados", afirmou.

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