China rebate relatório do Pentágono e diz que EUA são a "maior ameaça à segurança global"
Pequim criticou postura militar dos EUA e defende expansão nuclear como resposta à estratégia confrontacional dos Estados Unidos
247 - O Ministério da Defesa da China criticou duramente, neste sábado (21), o relatório do Pentágono divulgado na última semana, que detalha o avanço das capacidades militares chinesas. Segundo a Sputnik Brasil, através de uma declaração publicada no WeChat, o porta-voz Zhang Xiaogang afirmou que os Estados Unidos são a "maior ameaça à segurança global" e acusou o país de adotar uma estratégia militar cada vez mais "confrontacional, ofensiva e aventureira".
"A evidência mostra que a estratégia militar dos Estados Unidos está se tornando cada vez mais confrontacional, ofensiva e aventureira. Os EUA, viciados em guerra, se tornaram o maior destruidor da ordem internacional e a maior ameaça à segurança global", disse Zhang.
Ele também acusou Washington de usar sua supremacia militar para impor hegemonia global, provocando crises em diversos países através de intervenções militares e apoio a revoluções políticas, conhecidas como "revoluções coloridas".
Zhang mencionou exemplos como Síria, Iraque e Afeganistão, onde as ações dos EUA, segundo ele, causaram desastres humanitários e centenas de milhares de mortes.
O relatório do Pentágono, apresentado ao Congresso em 18 de dezembro, afirma que a China está ampliando rapidamente suas forças nucleares, tendo ultrapassado a marca de 600 ogivas nucleares operacionais em 2024, com previsão de atingir 1.000 até 2030. O documento também cita a China como uma "ameaça significativa" devido a suas capacidades de espionagem e ataques cibernéticos.
Pequim, no entanto, justificou seu fortalecimento militar como uma reação às políticas hostis de Washington. "A estratégia americana visa preservar sua hegemonia unipolar", rebateu Zhang.
Apesar da escalada retórica, o Departamento de Defesa dos EUA reiterou no relatório seu compromisso em manter canais de comunicação com a China para evitar que a concorrência militar se transforme em conflito direto.
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