China tem 21 cidades entre as 100 mais inovadoras do mundo

247 – Um relatório divulgado neste sábado, 23 de novembro, durante a Conferência Mundial de Geografia realizada em Xangai, revelou que 21 cidades chinesas estão entre as 100 mais avançadas no ranking global de inovação científica e tecnológica (STI, na sigla em inglês). O estudo, conduzido pelo Instituto de Estudos de Inovação Global da Universidade Normal do Leste da China (ECNU) e reportado pelo Global Times, foi apresentado por Du Debin, diretor do instituto.

Beijing e Xangai ocupam posições de destaque entre as 10 melhores cidades do mundo. Beijing figura como a quarta colocada globalmente e lidera a região Ásia-Pacífico, sendo reconhecida como número 1 na categoria "liderança global em pesquisa científica". Já Xangai ocupa a décima posição mundial e a quarta na Ásia-Pacífico.

A corrida pela liderança global em inovação

O ranking avalia 140 centros de inovação ao redor do mundo com base em cinco dimensões: capacidade de atrair fatores de inovação, liderança global em pesquisa científica, avanços tecnológicos originais, força motriz na transformação industrial e suporte ambiental para a inovação. Segundo Du Debin, a inovação científica e tecnológica tornou-se o principal campo de competição estratégica internacional em um contexto de rápidas transformações globais.

“Planejar estrategicamente a construção de centros globais de STI e garantir a segurança científica e tecnológica nacional são medidas essenciais para os países enfrentarem as demandas da nova revolução tecnológica e fortalecerem sua competitividade internacional”, destacou Du durante a apresentação.

O relatório também aponta um triângulo consolidado de centros globais de inovação, com América do Norte, Europa e Ásia-Pacífico como polos principais. Juntas, essas regiões concentram 99 dos 100 maiores centros, sendo São Paulo a única exceção fora dessas áreas. Pela primeira vez, o número de centros na Ásia-Pacífico (35) superou os da Europa (33) e América do Norte (31).

China e Estados Unidos lideram a disputa

O relatório enfatiza a forte competição entre China e Estados Unidos, que dominam o ranking global com 21 e 27 cidades listadas, respectivamente. Entre os 30 maiores centros, a América do Norte lidera com 13 cidades, seguida pela Ásia-Pacífico (10) e Europa (7).

Embora a China tenha se consolidado como uma das maiores potências no campo da inovação, o estudo indica desafios no agrupamento de fatores de inovação e na criação de um ambiente favorável. Beijing, por exemplo, caiu para a 18ª posição no quesito "habilidades de agrupamento global de inovação", refletindo dificuldades enfrentadas também por cidades como Xangai, Guangzhou e Hangzhou.

Avanços científicos e memória histórica

Além da divulgação do ranking, a Conferência Mundial de Geografia lançou uma série de livros sobre estudos geográficos e anunciou a compilação das obras de Hu Huanyong, renomado geógrafo populacional chinês. Hu é conhecido por suas contribuições ao estudo da distribuição populacional na China e pela identificação da linha que marca as diferenças urbanas e demográficas entre o leste e o oeste do país.

O relatório reflete o esforço da China em reforçar sua posição no cenário global de inovação, enquanto enfrenta os desafios impostos pela competição internacional e pela necessidade de aprimorar suas capacidades de inovação local.