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'Cinismo de Biden ao liberar Assange visa obter vantagens políticas', diz analista

'Acho que Assange está sendo liberado por Joe Biden na esperança de melhorar sua posição junto aos progressistas e ganhar mais alguns votos', disse a jornalista Lucy Komisar

Julian Assange (Foto: Reprodução/X)

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Sputnik - Após a liberação de Julian Assange na segunda-feira (24), especialistas em direitos humanos e jornalistas compartilharam com a Sputnik seus pontos de vista sobre a questão, destacando o interesse do atual ocupante da Casa Branca em usar o episódio a seu favor nas próximas eleições.

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, deixou a prisão de segurança máxima em Londres na segunda-feira, depois de concordar com um acordo de delação premiada sobre uma acusação de espionagem em um tribunal dos EUA para pôr fim a seu drama jurídico de anos.

O cidadão australiano, de 52 anos, foi acusado de 18 crimes, com uma pena máxima de 175 anos de prisão, por publicar verdades inconvenientes sobre as invasões dos EUA no Afeganistão e no Iraque.

A jornalista investigativa Lucy Komisar ficou feliz em saber da liberação de Assange, mas acredita que ela está sendo utilizada pelo presidente norte-americano, Joe Biden, com viés político, visando as eleições de novembro.

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"Acho que Assange está sendo liberado agora por Joe Biden na esperança de que possa melhorar sua posição junto aos progressistas e ganhar mais alguns votos", disse Komisar. "As pessoas preocupadas com Assange compreenderão o cinismo de Biden ao mantê-lo preso até pensar que poderia obter alguma vantagem ao liberá-lo."

O ex-diplomata britânico Craig Murray acredita que Biden não gostaria que a imagem do jornalista pudesse ser usada durante a disputa pela presidência como sinônimo de ataque à liberdade de expressão.

"[Assange poderia] ser visto como um ataque à liberdade de expressão, como um ataque aos direitos constitucionais, não é uma boa aparência para o presidente dos Estados Unidos, cuja campanha eleitoral já está em apuros devido ao seu apoio ao genocídio em Gaza", afirmou.

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A jornalista investigativa independente Taylor Hudak foi além ao afirmar que, "em primeiro lugar, a acusação nunca deveria ter acontecido".

"O sr. [Julian] Assange nunca deveria ter passado um dia na prisão pelo chamado crime de jornalismo. O WikiLeaks nunca publicou um documento falso. É lamentável que o sr. Assange tenha tido que se declarar culpado de qualquer acusação", afirmou.

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