Cresce expectativa de acordo de cessar-fogo entre Hamas e Israel
Proposta final pode ser divulgada a qualquer momento
247 - José Reinaldo Carvalho, da Redação - Finalmente, nesta segunda-feira (13) as negociações para um cessar-fogo entre Israel e o Hamas atingiram um ponto elevado com a apresentação de um rascunho final do acordo. As negociações entre Israel e o Hamas significativamente nas últimas horas, com a possibilidade de um acordo de cessar-fogo e troca de prisioneiros iminente. Em um comunicado, o Hamas confirmou que as negociações estão progredindo bem. O Hamas propôs a libertação de uma lista de 33 reféns. Em contrapartida, o movimento espera a libertação de seus membros capturados por Israel, o alívio da crise humanitária e o compromisso de um cessar-fogo permanente e da retirada total das tropas de ocupação de Gaza. Este fato está sendo considerado como um "avanço significativo" que pode levar a uma interrupção do genocídio perpetrado pelos agressores sionistas.
O Hamas também anunciou que uma delegação de alto nível, liderada pelo presidente do Conselho de Liderança, Mohammad Darwish, se encontrou com o emir do Catar, xeque Tamim bin Hamad Al Thani, para discutir os últimos acontecimentos nos esforços para chegar a um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
A declaração destacou que, durante a reunião, o progresso alcançado nos últimos dias em Doha foi revisado, com o Hamas afirmando que está abordando esses esforços e desenvolvimentos de maneira positiva. Os sinais são de que há uma aproximação do Hamas e dos agressores israelenses quanto ao cessar-fogo e a troca de prisioneiros
O Hamas tem consistentemente afirmado que qualquer acordo deve resultar no fim permanente da guerra e na retirada das forças de ocupação israelenses de Gaza, enquanto "Israel" declarou de modo intransigente que não cessará sua guerra até que a Resistência palestina seja desmantelada.
A última etapa das conversações contou com o envolvimento de Steve Witkoff, enviado de Donald Trump ao Oriente Médio, e Brett McGurk, representante da administração Biden, indicando o interesse da superpotência imperialista em acelerar a obtenção de resultados. As conversações contam também com a participação da agência de espionagem e assassinatos de Israel, o famigerado Mossad, evidenciando o interesse. A presença de altos representantes das agências de inteligência e assassinatos israelenses Mossad e Shin Bet, e do primeiro-ministro do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentou nos últimos dias a pressão por um acordo. Não quer chegar ao dia da posse, na próxima segunda-feira (20), com a ocorrência de um genocídio. E o governo cessante de Biden pretende ainda capitalizar como sua obra diplomática algum resultado positivo das negociações.
Para o povo palestino, alcançar um acordo é essencial. O genocídio já causou a destruição generalizada em Gaza, com mais de 46 mil mortos e milhões de deslocados. Ataques recentes, incluindo bombardeios a escolas que abrigavam civis, ilustram a urgência de uma solução para evitar mais tragédias.
Se implementado, o cessar-fogo pode oferecer um alívio temporário à população civil, mas só um compromisso mais amplo e de longo prazo poderá assegurar estabilidade e paz duradoura na região.
A apresentação do rascunho de acordo é um avanço, porque nele se prevê jm processo gradual de troca de prisioneiros e retirada das tropas agressoras de ocupação do território palestino de Gaza. Mas há ainda grandes desafios até chegar ao desfecho das negociações. Com justa razão, a Resistência palestina, cujo expoente é o Hamas, exige um cessar-fogo permanente e a retirada completa das forças israelenses de Gaza, o que corresponde a uma legítima aspiração de todo o povo palestino e aos movimentos de solidariedade no mundo.
Israel, porém, persistindo em seus propósitos colonialistas, anexionistas e exterminadores, mantém a posição de prosseguir a guerra até a destruição do Hamas. Adicionalmente, envia sinais de que não abandona seus propósitos de criar um “novo” Oriente Médio, o que implicaria o controle do Líbano, de parte da Síria, a destruição da resistência iemenita e a derrubada da Revolução Iraniana. Enfim, o extermínio do Eixo da Resistência.
Tudo isso põe em cheque a durabilidade de qualquer trégua provisória.Para exemplicar a complexidade do momento, o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, conotado líder da extrema-direita e comprometido com um programa radical de extermínio do povo palestino e ocupação total do seu território, que classificou o acordo como uma "rendicão". É óbvio que este setor tudo fará para sabotar sua execução.
A chamada comunidade internacional deveria se mobilizar integralmente em favor do acordo.
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