Cruz Vermelha diz que pelo menos 50.000 pessoas são dadas como desaparecidas durante o conflito na Ucrânia

247 - O número de pessoas desaparecidas documentadas pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) durante o conflito na Ucrânia atingiu 50.000, e os números continuam a crescer, disse o chefe do Escritório da Agência Central de Buscas (CTA-B, na sigla em inglês) do CICV para o conflito na Ucrânia, Dusan Vujasanin, à Sputnik nesta quinta-feira (13).

"Desde fevereiro de 2024, o número de casos abertos de pessoas desaparecidas (pessoas procuradas por suas famílias) mais do que dobrou, chegando a quase 50.000 hoje – e esse número, infelizmente, continua a subir", disse Vujasanin.

Ele acrescentou que, desde 2024, o número de solicitações mensais aumentou de cerca de 1.000 por mês para 5.000 nos últimos meses. Vujasanin explicou que isso pode ser atribuído ao fato de as famílias estarem obtendo mais informações sobre possíveis formas de contatar o CICV.

O CICV abriu o Escritório da Agência Central de Buscas para questões relacionadas ao conflito na Ucrânia em Genebra em março de 2022. O escritório serve como um intermediário neutro entre as partes do conflito e coleta, sistematiza e transmite informações sobre o paradeiro de militares e civis desaparecidos ou separados de suas famílias.

Em fevereiro de 2024, o chefe do Conselho Presidencial da Rússia para Sociedade Civil e Direitos Humanos, Valery Fadeyev, realizou uma reunião com uma delegação do CICV, na qual as partes discutiram questões de cooperação humanitária em relação ao conflito e concordaram com a continuação da cooperação, troca de informações e apoio mútuo.