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    ONU: mais de 12.300 civis foram mortos desde início da guerra na Ucrânia

    Vice-chefe de direitos humanos da ONU destaca impacto severo da guerra especialmente sobre os civis nas áreas de linha de frente

    Guerra na Ucrânia (Foto: Thomas Peter/Reuters)
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    Por Emma Farge

    GENEBRA (Reuters) - Mais de 12.300 civis foram mortos na guerra da Ucrânia desde a invasão da Rússia há quase três anos, disse uma autoridade da ONU em uma reunião da entidade nesta quarta-feira, mencionando um aumento no número de vítimas devido ao uso de drones, mísseis de longo alcance e bombas planadoras.

    A Rússia, que está obtendo ganhos territoriais no leste da Ucrânia, tem realizado ataques regulares a cidades distantes nos últimos meses usando essas armas. Isso contribuiu para um aumento de 30% nas mortes de civis, para 574, entre setembro e novembro de 2024 na Ucrânia, em comparação com o ano anterior, de acordo com dados da ONU.

    No total, a vice-chefe de direitos humanos da ONU, Nada Al-Nashif, disse que mais de 12.300 civis foram mortos na Ucrânia, incluindo 650 crianças -- embora a ONU tenha dito repetidamente que sua contagem é inferior à realidade porque inclui apenas as mortes que suas equipes conseguiram verificar.

    "As Forças Armadas russas intensificaram suas operações para capturar mais território no leste da Ucrânia, com um impacto severo sobre os civis nas áreas de linha de frente...", ela disse, em uma reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra.

    "Estamos profundamente preocupados com os impactos do aumento do uso de drones e do uso de novas armas sobre os civis", acrescentou, dizendo que a Rússia havia usado 2.000 drones de longo alcance em novembro.

    Esses exemplos de violações cada vez mais graves da lei internacional de direitos humanos podem representar crimes de guerra, afirmou Al-Nashif ao Conselho.

    O delegado da Rússia, Evgeniy Ustinov, disse que o relatório é tendencioso e encobre os crimes de Kiev. Moscou nega cometer atrocidades ou visar civis na Ucrânia desde o início da guerra em fevereiro de 2022.

    A embaixadora da Ucrânia, Yevhenia Filipenko, descreveu as recentes ações da Rússia contra o país como "calculadas, cruéis e projetadas para infligir o máximo de dor e destruição".

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