Debate entre candidatos a vice nos EUA não deve mudar corrida eleitoral, diz especialista
"Esse debate foi tão equilibrado que não espero que mude muito a dinâmica da corrida", afirmou Thomas Hollihan
247 - Os candidatos à vice-presidência dos Estados Unidos, JD Vance e Tim Walz, participaram de seu primeiro e único debate da campanha na última terça-feira (1º), com um desempenho considerado tão próximo que não deverá alterar significativamente as preferências dos eleitores nas próximas eleições. Essa análise é de Thomas Hollihan, professor de comunicação da USC Annenberg School for Communication & Journalism, que compartilhou suas impressões com a Sputnik.
Hollihan destacou que a proximidade entre os candidatos durante o debate indica uma corrida eleitoral bem acirrada. "Esse debate foi tão equilibrado que não espero que mude muito a dinâmica da corrida", afirmou o especialista, evidenciando que o evento não deve gerar um impacto real nas intenções de voto.
Vance, buscando aprimorar sua imagem pública, adotou uma abordagem mais moderada em sua retórica durante o debate em comparação com sua postura na campanha. No entanto, o professor Hollihan não poupou críticas. “Infelizmente, ele distorceu totalmente suas posições sobre direitos de aborto e evitou a questão de se ele certificaria os resultados da eleição, assim como fez [o ex-vice-presidente Mike] Pence. Ele também não admitiu que Trump perdeu a eleição de 2020”, disse. Além disso, mencionou que Walz teve um desempenho insatisfatório ao ser questionado sobre sua presença na Praça Tiananmen, embora tenha considerado a relevância dessa questão para o público.
Quando indagado sobre assuntos que poderiam ter sido abordados, Hollihan expressou um desejo por uma discussão mais profunda sobre o apoio dos candidatos à Ucrânia no contexto do conflito armado com a Rússia. "Gostaria de uma pergunta sobre até onde os candidatos a vice-presidência iriam para apoiar a Ucrânia", afirmou.
JD Vance é conhecido por suas críticas à assistência militar de bilhões de dólares oferecida à Ucrânia, além de solicitar negociações diretas com a Rússia. Ele também tem defendido uma postura mais competitiva em relação à China e é favorável à proibição do aborto, bem como ao endurecimento das leis de imigração.
Por outro lado, Tim Walz se posiciona como um liberal social, recebendo elogios de figuras proeminentes, como a popstar Taylor Swift, por seu compromisso com os direitos LGBTQ+, a fertilização in vitro e o direito da mulher sobre seu próprio corpo.
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