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      Decisão sobre suspensão de ataques a instalações energéticas será tomada por Putin, diz porta-voz do Kremlin

      Dmitry Peskov afirma que Ucrânia violou unilateralmente o acordo e que o presidente russo avaliará o tema com base em relatórios e contatos com os EUA

      Vladimir Putin (Foto: Reuters)
      José Reinaldo avatar
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      247 - A prorrogação da trégua sobre ataques a instalações de energia na Rússia e na Ucrânia está nas mãos do presidente Vladimir Putin, segundo afirmou nesta segunda-feira (14) o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. A declaração foi dada à agência de notícias russa TASS, que acompanha de perto os desdobramentos do conflito e os canais diplomáticos entre Moscou e Washington.

      "Dependerá da decisão do presidente Putin", respondeu Peskov ao ser questionado sobre a continuidade da suspensão, que termina oficialmente em 16 de abril, completando 30 dias desde que entrou em vigor após um acordo entre os presidentes da Rússia e dos EUA, Donald Trump. 

      Segundo o porta-voz presidencial, a moratória foi descumprida por parte da Ucrânia. "A moratória essencialmente não foi observada pelo lado ucraniano", afirmou. Peskov acrescentou que “será necessário analisar esses 30 dias”, com base em trocas de informações e consultas com os Estados Unidos, antes que o presidente russo tome uma decisão definitiva: "Provavelmente para trocar informações e considerações com os americanos. E então o comandante supremo, o presidente, tomará uma decisão", concluiu.

      A trégua foi resultado de uma conversa telefônica entre Putin e Trump, em 18 de março. Na ocasião, ambos discutiram a escalada de tensões na Ucrânia e chegaram a um acordo para suspender os ataques à infraestrutura energética por 30 dias. Putin ordenou imediatamente ao Ministério da Defesa russo a implementação da medida. Em resposta, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky declarou publicamente que a Ucrânia também apoiaria a proposta. 

      No entanto, segundo Moscou, esse compromisso não foi cumprido por Kiev. O Ministério da Defesa da Rússia vem denunciando repetidamente ataques ucranianos direcionados à infraestrutura energética russa, mesmo após o início da moratória. Ainda assim, o governo russo reiterou que permanece comprometido com os termos do acordo inicial.

      Não há, até o momento, confirmação de uma nova rodada de conversas entre Putin e Trump. Mas fontes próximas ao Kremlin indicam que Moscou aguarda novos contatos com Washington antes do vencimento da trégua para avaliar o cenário e tomar uma decisão que leve em conta os interesses estratégicos da Rússia.

      A situação em torno da moratória expõe, mais uma vez, a fragilidade dos acordos bilaterais em meio a um conflito que se prolonga há mais de três anos, sem sinais consistentes de cessar-fogo duradouro. Enquanto isso, cresce a expectativa sobre o posicionamento que Vladimir Putin tomará nos próximos dias.

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