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    Democratas da Câmara dos EUA não apoiarão moção para destituir presidente da Casa

    O parlamentar enfrenta ameaças de ser retirado do cargo após o Legislativo ter aprovado uma ajuda à Ucrânia

    Mike Johnson (Foto: Reuters/Elizabth Frantz)

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    Por Moira Warburton e Richard Cowan

    WASHINGTON (Reuters) - Os democratas da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos não apoiarão uma moção para destituir o presidente da Casa, o republicano Mike Johnson, se ela for votada, disse o líder da minoria, Hakeem Jeffries, em um comunicado nesta terça-feira.

    Johnson está enfrentando ameaças de uma moção para tirá-lo da cadeira de presidente da Câmara -- a mesma manobra legislativa que fez com que o presidente da Câmara republicano Kevin McCarthy fosse destituído do cargo pela primeira vez na história dos EUA no ano passado -- pela deputada Marjorie Taylor Greene, uma republicana de extrema-direita que está descontente com o fato de o Congresso ter aprovado uma ajuda à Ucrânia.

    No entanto, a iniciativa de Greene não obteve os mesmos níveis de apoio que a moção contra McCarthy recebeu. O Freedom Caucus (bancada da liberdade), um grupo de republicanos de extrema-direita que liderou o movimento de remoção de McCarthy, disse que não acha que essa medida seria benéfica para os republicanos da Câmara tão perto das eleições gerais dos EUA em 5 de novembro.

    O comunicado de Jeffries, que veio depois que os democratas da Câmara se reuniram para uma reunião regular da bancada na manhã desta terça-feira, significa que uma moção para destituir Johnson será quase que definitivamente arquivada, se for colocada em votação.

    "Os democratas da Câmara colocaram as pessoas acima da política e encontraram um terreno comum bipartidário com os republicanos tradicionais para obter resultados reais", disse Jeffries, citando o recente pacote de ajuda externa de 95 bilhões de dólares aprovado em 23 de abril.

    Quando perguntado sobre o comunicado de Jeffries em uma coletiva de imprensa semanal, Johnson disse que não a tinha visto, mas observou que a Câmara ficou paralisada por três semanas na última vez em que houve uma moção para destituir o presidente, algo que o país não pode se dar ao luxo de repetir.

    "O que o país precisa neste momento é de um Congresso atuante", disse ele. "Eles precisam de um Congresso que funcione bem, trabalhe em conjunto e não prejudique sua própria capacidade de resolver esses problemas."

    Greene acusou Johnson nesta terça-feira de ser "oficialmente o presidente democrata da Câmara" em uma publicação na plataforma de mídia social X e pediu que ele "renuncie (e) mude de partido".

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