247 – A condição do presidente Joe Biden, de 81 anos, coloca o país em uma “situação muito perigosa,” argumentou Mike Johnson, Presidente da Câmara dos Representantes dos EUA. Segundo Johnson, Biden deve ser substituído como presidente dos Estados Unidos, pois demonstrou não estar "à altura da tarefa" durante seu debate com Donald Trump. É o que aponta <a href="https://www.rt.com/news/600187-biden-us-president-johnson/">reportagem da RT</a> publicada neste sábado.
A performance do presidente na sua primeira disputa eleitoral com Trump na quinta-feira foi amplamente vista como desastrosa. Biden aparentava estar frágil e confuso, com dificuldades para completar suas frases e trocando palavras. De acordo com relatos da mídia, os democratas estavam “em pânico” após o debate, e alguns doadores exigiram que o presidente fosse retirado da chapa do partido para a eleição de 5 de novembro.
"Eu também estaria em pânico se fosse um democrata hoje e esse fosse meu candidato. Acho que eles sabem que têm um problema sério,” disse Johnson a jornalistas na quinta-feira. O político republicano argumentou que Biden não deve apenas retirar-se da corrida, mas também ser imediatamente removido do cargo.
“Não é apenas político. Não é apenas o Partido Democrata. É todo o país. Temos um problema sério aqui, porque temos um presidente que, ao que tudo indica, não está à altura da tarefa", afirmou Johnson. Ele sugeriu que a administração de Biden poderia forçá-lo a renunciar invocando a 25ª Emenda – que estipula que o vice-presidente e os membros do gabinete podem votar para declarar o presidente “incapaz de exercer os poderes e deveres do seu cargo,” tornando o vice-presidente o chefe de estado interino. Caso o presidente se recuse a cumprir, a decisão final seria tomada pelo Congresso. A emenda nunca foi utilizada na história dos EUA.
“Há muitas pessoas falando sobre a 25ª Emenda, invocando a 25ª Emenda agora porque esta é uma situação alarmante”, enfatizou o presidente da Câmara. Devido à condição mental de Biden, “nossos adversários veem a fraqueza nesta Casa Branca, assim como todos nós. Não tenho prazer em dizer isso.”
“Eu acho que esta é uma situação muito perigosa… E precisa ser tratada como tal. E esperamos que eles cumpram seu dever, assim como todos nós procuramos cumprir nosso dever para fazer o melhor pelo povo americano”, declarou Johnson. “Eu pediria aos membros do Gabinete que examinem suas consciências.”
Os resultados de uma pesquisa da Morning Consult, publicada pelo site de notícias Axios na sexta-feira, sugerem que 60% dos eleitores acreditam que Biden deve “definitivamente” ou “provavelmente” ser substituído como candidato presidencial democrata após seu desempenho decepcionante no debate.

Novo presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Mike Johnson

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Mundo

Presidente do parlamento estadunidense diz que Biden deve ser removido da Casa Branca – e não apenas das eleições

Por Moira Warburton e Richard Cowan
WASHINGTON (Reuters) - Os democratas da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos não apoiarão uma moção para destituir o presidente da Casa, o republicano Mike Johnson, se ela for votada, disse o líder da minoria, Hakeem Jeffries, em um comunicado nesta terça-feira.
Johnson está enfrentando ameaças de uma moção para tirá-lo da cadeira de presidente da Câmara -- a mesma manobra legislativa que fez com que o presidente da Câmara republicano Kevin McCarthy fosse destituído do cargo pela primeira vez na história dos EUA no ano passado -- pela deputada Marjorie Taylor Greene, uma republicana de extrema-direita que está descontente com o fato de o Congresso ter aprovado uma ajuda à Ucrânia.
No entanto, a iniciativa de Greene não obteve os mesmos níveis de apoio que a moção contra McCarthy recebeu. O Freedom Caucus (bancada da liberdade), um grupo de republicanos de extrema-direita que liderou o movimento de remoção de McCarthy, disse que não acha que essa medida seria benéfica para os republicanos da Câmara tão perto das eleições gerais dos EUA em 5 de novembro.
O comunicado de Jeffries, que veio depois que os democratas da Câmara se reuniram para uma reunião regular da bancada na manhã desta terça-feira, significa que uma moção para destituir Johnson será quase que definitivamente arquivada, se for colocada em votação.
"Os democratas da Câmara colocaram as pessoas acima da política e encontraram um terreno comum bipartidário com os republicanos tradicionais para obter resultados reais", disse Jeffries, citando o recente pacote de ajuda externa de 95 bilhões de dólares aprovado em 23 de abril.
Quando perguntado sobre o comunicado de Jeffries em uma coletiva de imprensa semanal, Johnson disse que não a tinha visto, mas observou que a Câmara ficou paralisada por três semanas na última vez em que houve uma moção para destituir o presidente, algo que o país não pode se dar ao luxo de repetir.
"O que o país precisa neste momento é de um Congresso atuante", disse ele. "Eles precisam de um Congresso que funcione bem, trabalhe em conjunto e não prejudique sua própria capacidade de resolver esses problemas."
Greene acusou Johnson nesta terça-feira de ser "oficialmente o presidente democrata da Câmara" em uma publicação na plataforma de mídia social X e pediu que ele "renuncie (e) mude de partido".

Democratas da Câmara dos EUA não apoiarão moção para destituir presidente da Casa

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