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Depois de seguidos bombardeios, Israel ameaça invadir o Líbano por terra

Exército israelense informou que mobilizou duas brigadas da reserva para o norte do país, área que faz fronteira com o Líbano

Soldados israelenses seguram bandeira israelense em um tanque perto da fronteira de Israel com a Faixa de Gaza (Foto: REUTERS/Ronen Zvulun)

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247 - O comandante do Exército de Israel, tenente-general Herzi Halevi, afirmou nesta quarta-feira (25) que as tropas israelenses devem estar preparadas para uma possível entrada no Líbano. A declaração foi feita em meio à intensificação dos bombardeios israelenses contra alvos do grupo xiita Hezbollah além da fronteira. Segundo Halevi, as Forças Armadas estão realizando ataques aéreos com o objetivo de preparar o terreno para uma eventual incursão terrestre e continuar a debilitar a organização político-militar libanesa.

"Vocês podem ouvir os aviões aqui; estamos atacando o dia todo, tanto para preparar o terreno para a possibilidade de sua entrada, quanto para continuar atingindo o Hezbollah", disse Halevi a uma brigada de tanques, reforçando que as ações de Israel não vão cessar, de acordo com o jornal O Globo

"Continuaremos atacando e prejudicando-os em todos os lugares. Para fazer isso, estamos nos preparando para o curso da manobra, e a sensação é que suas botas militares, suas botas de manobra, entrarão em território inimigo", completou o general, sinalizando que as forças israelenses estão prontas para uma ofensiva terrestre.

Em comunicado oficial, o Exército israelense informou que mobilizou duas brigadas da reserva para o norte do país, onde confrontos transfronteiriços vêm ocorrendo entre as forças israelenses e o Hezbollah. O chefe militar também disse que é preciso "destruir o inimigo e sua infraestrutura" para garantir a segurança dos moradores da região norte de Israel.

Enquanto isso, o Ministério da Saúde do Líbano reportou um aumento no número de vítimas. Segundo as autoridades, 51 pessoas morreram e 223 ficaram feridas durante os bombardeios israelenses desta quarta-feira, (25) que atingiram mais de 100 posições do Hezbollah no sul do Líbano e no Vale do Bekaa.  A ofensiva iraelense desencadeada no início da semana no território libanês já deixou mais 550 pessoas mortas

Os ataques desta quarta-feira ocorreram após o Hezbollah disparar, pela primeira vez, um míssil contra Tel Aviv, em uma ofensiva profunda contra o território israelense. Segundo o grupo libanês, o projétil utilizado foi um míssil Qader 1, de fabricação iraniana, com alcance de 300 km,que teria como alvo a sede do Mossad, o serviço secreto israelense.

O governo dos Estados Unidos, através de John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, classificou o ataque do Hezbollah como "muito preocupante". No entanto, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, apelou a uma solução diplomática para o conflito, ressaltando que a guerra não é o caminho ideal para garantir a segurança na região.

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