Desnutrição infantil em Gaza disparou 300 por cento em julho
A crise humanitária se agrava à medida que a violência de Israel continua e a entrada de insumos é dificultada
Prensa Latina - Os índices de desnutrição infantil em Gaza aumentaram 300 por cento em julho em relação ao mês anterior, advertiu nesta segunda-feira (5) a Organização das Nações Unidas (ONU), ao confirmar 650 casos naquele mês.
“As condições de nutrição estão piorando devido às limitações de acesso, à escassez de suprimentos essenciais, à disponibilidade limitada de produtos frescos e carne, aos serviços deficientes de água e saneamento e à propagação de doenças”, disse à imprensa Farhan Haq, porta-voz adjunto do secretário-geral.
De acordo com o porta-voz, a crise humanitária se agrava à medida que a violência continua e a entrada de insumos é dificultada.
Outros números estimam que apenas oito por cento dos quase 50 mil menores que esperavam insumos na zona norte do enclave receberam algum alimento em julho.
O organismo rejeitou, além disso, os ataques contra a infraestrutura civil na Faixa, depois que, nas últimas 48 horas, três escolas que abrigavam pessoas deslocadas na cidade de Gaza foram atacadas, deixando dezenas de vítimas.
Nesta segunda-feira, o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, pediu ação urgente para uma desescalada no Oriente Médio em meio ao contexto precário que ameaça a região.
Na opinião do representante, os direitos humanos e, em primeiro lugar, a proteção dos civis devem ser a máxima prioridade.
Durante os últimos 10 meses, os civis – em sua maioria mulheres e crianças – têm suportado uma dor e um sofrimento insuportáveis como consequência das bombas e das armas de fogo, manifestou em um comunicado divulgado por seu escritório.
“É preciso fazer tudo o que for possível, e quero dizer tudo, para evitar que essa situação se transforme em um abismo que só terá consequências ainda mais terríveis para os civis”, afirmou Türk.
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