Dilma defende expansão do Banco do Brics em discurso na Cúpula de Kazan
"Novos membros reforçam o papel do banco de ser uma plataforma de cooperação entre os países do Sul Global", disse a presidente do Banco do Brics
247 - A presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco do Brics, Dilma Rousseff, enfatizou que a expansão do número de membros do banco é uma prioridade essencial para reforçar sua função como uma “plataforma de cooperação” voltada para o Sul Global.
“Outro item que está no topo da lista de prioridades do NDB é a expansão do número de membros. Novos membros reforçam o papel do banco de ser uma plataforma de cooperação entre os países do Sul Flobal”, disse Dilma nesta quarta-feira (23), durante sua participação na Cúpula dos Brics, em Kazan, na Rússia, de acordo com o Metrópoles.
Em seu discurso, Dilma ressaltou que a crescente interconexão entre os países participantes facilita a criação de uma infraestrutura financeira alicerçada no multilateralismo e em um mundo multipolar. A presidente do NDB também destacou os avanços significativos do banco nos últimos trimestres, que permitiram a aprovação de uma significativa redução nos custos dos empréstimos. “Isso atende a um pedido de longa data dos nossos acionistas”, comentou.
O discurso ocorreu em um contexto de crescente diálogo entre os líderes do bloco, incluindo uma reunião entre Dilma e o presidente russo, Vladimir Putin, na terça-feira (22). Na reunião, Putin também abordou a importância dos pagamentos em moedas locais, afirmando que essa prática pode reduzir as taxas de serviço da dívida e aumentar a independência financeira dos países-membros do Brics.
“O aumento dos pagamentos em moedas locais permite reduzir as taxas de serviço da dívida, aumentar a independência financeira dos países-membros do Brics, minimizar os riscos geopolíticos e, tanto quanto possível no mundo de hoje, libertar o desenvolvimento econômico da política.”, disse Putin na ocasião.
Dilma, por sua vez, reforçou a urgência das necessidades financeiras dos países do sul global, afirmando que “neste momento, os países do sul global necessitam urgentemente de financiamento e as condições para o obter são bastante complexas.
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