TV 247 logo
    HOME > Mundo

    Diretor-geral da OMS vai cortar custos e redefinir prioridades após saída dos EUA, mostra documento

    Donald Trump anunciou a retirada dos Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde

    O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom se emociona ao falar das condições infernais provocadas pelo genocídio israelense em Gaza Photo (Foto: DENIS BALIBOUSE/REUTERS)
    Guilherme Levorato avatar
    Conteúdo postado por:

    Reuters - A Organização Mundial da Saúde cortará custos e revisará quais programas de saúde devem ser priorizados depois que o presidente Donald Trump anunciou que estava retirando os Estados Unidos da agência, disse o diretor-geral da OMS à equipe em um memorando interno visto pela Reuters.

    Trump determinou a medida no primeiro dia de seu segundo mandato na segunda-feira, acusando a agência de saúde da ONU de lidar mal com a pandemia de Covid-19 e outras crises internacionais de saúde.

    "Esse anúncio tornou nossa situação financeira mais grave", afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no memorando datado de 23 de janeiro. Ele disse que a OMS planeja reduzir significativamente os gastos com viagens e suspender o recrutamento, exceto para áreas críticas, como parte das medidas de economia de custos.

    Porta-voz da OMS confirmou que o memorando -- relatado pela primeira vez pela Reuters -- é autêntico, mas não quis fazer mais comentários.

    As Nações Unidas confirmaram na quinta-feira que os Estados Unidos devem se retirar da OMS em 22 de janeiro de 2026.

    Os Estados Unidos são, de longe, o maior patrocinador financeiro da OMS, contribuindo com cerca de 18% de seu financiamento geral. O orçamento bienal mais recente da OMS, para 2024-2025, foi de 6,8 bilhões de dólares.

    O memorando dizia que a OMS já havia trabalhado para reformar a organização e mudar a forma como ela é financiada, com os Estados-membros aumentando suas taxas obrigatórias e contribuindo para sua rodada de investimentos lançada no ano passado.

    No entanto, o documento afirma que seria necessário mais financiamento e que os custos teriam que ser cortados simultaneamente. Isso incluiria tornar todas as reuniões virtuais por padrão sem aprovação excepcional, limitar a substituição de equipamentos de TI e suspender as reformas de escritórios, a menos que estejam vinculadas à segurança ou a cortes de custos já aprovados.

    "Esse conjunto de medidas não é abrangente, e outras serão anunciadas no devido tempo", diz o memorando, acrescentando que a OMS, com sede em Genebra, fará todo o possível para apoiar e proteger a equipe.

    "Como sempre, vocês me deixam orgulhoso de ser da OMS", finaliza o memorando.

    ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.

    ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

    iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

    Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

    Relacionados