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    Em 24 horas, mais de 300 militantes foram eliminados e 63 peças de equipamento foram destruídas na Síria, diz governo

    O presidente sírio, Bashar al-Assad, teve um encontro com o chanceler do Irã, Abbas Araghchi, e pediu apoio de aliados no Oriente Médio

    Israel ataca Síria (Foto: Firas Makdesi/REUTERS)

    247 - O gabinete presidencial da Síria afirmou que, nas últimas 24 horas, pelo menos 320 militantes foram eliminados e 63 peças de equipamento foram destruídas na Síria pelas Forças Armadas do país e pela Força Aeroespacial da Rússia. A Síria é presidida por Bashar al-Assad, que teve um encontro com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, e pediu apoio dos aliados na luta contra o terrorismo em seu país.

    "Nas últimas 24 horas, ataques com mísseis e bombas foram realizados em áreas onde militantes e equipamentos estão concentrados, depósitos de munição e armas, lançadores múltiplos de foguetes, artilharia e postos de comando. Pelo menos 320 militantes e 63 unidades de automóveis e veículos blindados foram destruídos", informou. Segundo o comunicado, as estatísticas também foram divulgadas pelo capitão Oleg Ignasyuk, vice-chefe do Centro Russo de Reconciliação para a Síria (CRPS).

    O presidentre sírio, Bashar al-Assad, disse que a população do seu país "tem sido capaz de resistir ao terrorismo em todas as suas formas nos últimos anos e está mais determinado do que nunca a erradicá-lo, apontando para a importância do apoio de aliados e amigos no enfrentamento de ataques terroristas apoiados por estrangeiros".

    O que está acontecendo na Síria?

    O conflito na Síria voltou às primeiras páginas após anos de esquecimento da mídia devido a uma ofensiva relâmpago jihadista na cidade de Aleppo.

    Militantes do grupo terrorista salafita Tahrir al-Sham, ligado à Al-Qaeda (ambos organizações terroristas proibidas na Rússia e em vários outros países) e do chamado "Exército Nacional Sírio" começaram uma ofensiva em direção a Aleppo em 27 de novembro.

    Os jihadistas conseguiram reunir forças para a operação em Idlib, uma província da Síria controlada por terroristas desde 2015, e para onde dezenas de milhares de militantes fugiram entre 2016-2018 em meio às operações do Exército sírio para libertar grandes cidades no oeste e sul.

    O Exército sírio respondeu com ataques aéreos e de artilharia em áreas de Idlib e da província de Aleppo, incluindo a própria cidade de Idlib, bem como as cidades de Ariha e Sarmada. Jatos russos alvejaram concentrações de terroristas em Atarib, Darat Izza, Mare e outros lugares.

    O Irã confirmou que o general Kioumars Pourhashemi, do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica, um conselheiro das Forças Armadas sírias, foi morto no primeiro dia do ataque.

    Os combatentes das Forças Democráticas Sírias lideradas pelos curdos também se mobilizaram para ajudar a defender a cidade.

    Em uma declaração no sábado (30), o Exército sírio reconheceu o avanço dos terroristas em "muitas áreas da cidade de Aleppo", mas disse que os combates continuavam para impedi-los de ganhar uma posição permanente.

    A ofensiva terrorista em Aleppo começou no mesmo dia em que o cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah no Líbano entrou em vigor. Segundo os jihadistas sírios, contudo, o ataque está relacionado a recentes ataques sírios contra comandantes terroristas em Idlib, onde um cessar-fogo mediado pela Rússia e pela Turquia estava em vigor desde 2020.

    O ministro das Relações Exteriores iraniano garantiu ao seu homólogo sírio, Bassam al-Sabbagh, na sexta-feira (29) que o Irã continuaria a apoiar a luta de Damasco contra os jihadistas.

    Araghchi caracterizou o ressurgimento do terrorismo no norte da Síria como uma conspiração dos EUA e de Israel com o objetivo de desestabilizar a Ásia Ocidental após os "fracassos" das Forças de Defesa de Israel (FDI) no confronto com o Hezbollah no Líbano.

    Segundo o analista de relações internacionais Seyed Mohammad Marandi, para os inimigos da Síria, manter a nação em um estado perpétuo de guerra também atende a vários objetivos importantes como impedir que a Síria normalize totalmente os laços com os vizinhos e privar os aliados da Síria — Irã e Rússia — de um parceiro estável e próspero em uma região estratégica (com Sputnik).

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