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    Em mudança brusca, Biden pede cessar-fogo imediato a Netanyahu ameaçando 'alterar' políticas

    Em telefonema de 30 minutos, o presidente estadunidense apelou a Israel "para concluir um acordo sem demora" com o Hamas

    Joe Biden e Benjamin Netanyahu (Foto: REUTERS/Evelyn Hockstein | REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa)

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    Sputnik Brasil - Os Estados Unidos emitiram sua mais forte repreensão pública a Israel desde o início da guerra com o Hamas, alertando que a política dos EUA em Gaza será determinada futuramente pela adoção ou não de medidas para proteção de civis e trabalhadores por parte do governo Netanyahu.

    Nesta quinta-feira (4), em um telefonema de 30 minutos entre o presidente Joe Biden e o premiê Benjamin Netanyahu, Biden pediu um cessar-fogo imediato na região e apelou a Israel "para concluir um acordo sem demora" com o Hamas.

    O presidente "deixou claro que a política dos EUA em relação a Gaza será determinada pela nossa avaliação da ação imediata de Israel nestas medidas. Sublinhou que um cessar-fogo imediato é essencial para estabilizar e melhorar a situação humanitária e proteger civis inocentes, e instou o primeiro-ministro a capacitar os seus negociadores para concluir sem demora um acordo para trazer os reféns para casa", afirmou a Casa Branca no seu comunicado sobre o telefonema.

    No entanto, mesmo que Washington pressione Tel Aviv para acabar com o conflito, os Estados Unidos concederam nova aprovação esta semana para a transferência de milhares de bombas adicionais para Israel.

    Um funcionário da administração Biden ouvido pela Reuters disse que a transferência aprovada inclui 1.000 bombas MK82 de 500 libras, mais de 1.000 bombas de pequeno diâmetro e fusíveis para bombas MK80, "embora elas não sejam entregues até pelo menos no próximo ano", afirmou o funcionário nesta quinta-feira (4).

    Mesmo com a mudança de tom da liderança norte-americana, os EUA continuam a fornecer armas ao seu maior aliado no Oriente Médio em meio ao conflito que já vitimou mais de 33 mil palestinos e cerca de 1,350 israelenses.

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