Netanyahu autorizou ataque contra líder do Hezbollah direto de Nova York

247 - O gabinete do primeiro-ministro israelense divulgou na sexta-feira (27) uma foto mostrando Benjamin Netanyahu em Nova York, Estados Unidos, supostamente aprovando por telefone um ataque aéreo ao principal quartel-general do movimento xiita libanês Hezbollah em Beirute.

Pouco antes, Netanyahu discursou na Assembleia Geral das Nações Unidas, onde fez ameaças de guerra, sendo boicotado por um grande número de diplomatas que se recusaram a ouvi-lo.

Netanyahu decidiu encurtar sua visita aos EUA em razão dos acontecimentos no Líbano, com um voo para Israel programado para a noite de sexta-feira, informou o gabinete nesta sexta-feira.

A mídia israelense, citando fontes, informou que o alvo do ataque de sexta-feira era o secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah. No entanto, as Forças de Defesa de Israel ainda não confirmaram isso nem comentaram sobre os resultados do ataque. A mídia iraniana informou que Nasrallah está "em segurança". 

Segundo o ministro das Relações Exteriores do Irã, Seyed Abas Araqchi, o ataque envolveu bombas fabricadas nos EUA. Falando a jornalistas após uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a situação na Ásia Ocidental, ele acusou Washington de cumplicidade com os ataques mortais. 

A Casa Branca optou por não se manifestar sobre os ataques de Israel. O presidente dos EUA, Joe Biden, disse a repórteres nesta sexta-feira que sua administração precisa obter mais informações sobre os últimos ataques israelenses em Beirute.

"Os Estados Unidos não tinham conhecimento nem participação na ação das Forças de Defesa de Israel", afirmou Biden, conforme citado pelo grupo de imprensa da Casa Branca. "Precisamos obter mais informações". 

Mais cedo, as Forças de Defesa de Israel realizaram o que chamaram de um ataque aéreo “cirúrgico” ao principal quartel-general do Hezbollah em Beirute, localizado sob edifícios residenciais no centro do bairro de Dahiyeh. Duas pessoas morreram e outras 76 ficaram feridas em decorrência dos ataques. (Com informações de Sputnik e HispanTV).