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Em reunião com Netanyahu, Biden pressiona por cessar-fogo na Faixa de Gaza

“Temos muito o que conversar”, afirmou Biden ao recepcionar Netanyahu no Salão Oval da Casa Branca

Benjamin Netanyahu e Joe Biden (Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz)

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WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pressionou nesta quinta-feira o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a buscar um cessar-fogo na guerra da Faixa de Gaza, que já dura nove meses, e a vice-presidente, Kamala Harris, iria se encontrar com o líder de Israel mais tarde.

Essa foi a primeira conversa presencial entre os dois líderes desde que Biden viajou para Israel dias após o ataque do Hamas contra o país, em 7 de outubro, quando abraçou Netanyahu e prometeu o apoio dos Estados Unidos.

O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que ainda existem lacunas entre Israel e os militantes do Hamas, que controlam a Faixa de Gaza, para o estabelecimento de um cessar-fogo, “mas que estamos mais perto do que nunca” do objetivo.

“Ambos os lados precisam fazer concessões”, disse Kirby.

O porta-voz do Departamento de Estado, Matt Miller, afirmou: “Creio que a mensagem do lado norte-americano naquela reunião será a de que precisamos sacramentar esse acordo”.

A visita coincide com um momento de mudança na política dos EUA. No domingo, o presidente Joe Biden, de 81 anos, desistiu da corrida presidencial após pressão de seus colegas democratas, apoiando Kamala como escolhida do partido para a eleição deste ano.

“Temos muito o que conversar”, afirmou Biden ao recepcionar Netanyahu no Salão Oval da Casa Branca.

“Quero agradecê-lo pelos seus 50 anos de serviço público e 50 anos de apoio ao Estado de Israel”, respondeu o premiê.

O encontro de Kamala com Netanyahu será analisado pelo prisma de como ela, que foi a primeira autoridade norte-americana a pedir um cessar-fogo na Faixa de Gaza, pode mudar a atitude dos EUA em relação a Israel caso se torne presidente.

Uma autoridade dos EUA afirmou que a vice deve seguir a linha geral do governo, focalizando seus esforços na situação dos palestinos, mas também apoiando o direito de Israel à autodefesa.

As relações entre Biden e Netanyahu estão estremecidas há meses, por causa da ofensiva de Israel na Faixa de Gaza, que segundo autoridades de Saúde do enclave já matou mais de 39 mil pessoas.

Os EUA são grandes fornecedores de armas a Israel e protegeram o país de votos críticos na Organização das Nações Unidas (ONU).

Na sexta-feira, Netanyahu viajará para a Flórida para se encontrar com Donald Trump, ex-presidente e candidato republicano à Presidência.

As negociações para um cessar-fogo em troca da libertação de reféns no conflito da Faixa de Gaza parecem estar em seu estágio final, afirmou na quarta-feira uma autoridade dos EUA. Ela disse que os obstáculos remanescentes são superáveis, e que novas reuniões serão realizadas na próxima semana.

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