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Enquanto massacra os palestinos e bombardeia o Líbano, Netanyahu ameaça o Irã e é vaiado na ONU

Primeiro-ministro de Israel discursou nesta sexta-feira na ONU e foi vaiado durante sua fala

Benjamin Netanyahu mostra um mapa do Irã e aliados com a inscrição "a maldição" (Foto: Eduardo Munoz/ Reuters)

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247 - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ameaçou o Irã nesta sexta-feira (27), em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), informa o jornal O Globo. Netanyahu culpou o país vizinho pela escalada na região e disse que responderá com fogo em caso de novos ataques em território israelense. Ele também justificou os massacres cometidos por Israel em Gaza e no Líbano.

“As milícias do Irã na Síria e no Iraque bombardearam Israel dezenas de vezes no último ano. Abastecidos pelo Irã, terroristas palestinos na Judeia e Samaria [como Israel chama a Cisjordânia] perpetraram vários ataques lá e por Israel. Pela primeira vez, o Irã atacou diretamente Israel a partir do seu próprio território, disparando 300 drones, mísseis de cruzeiro e balísticos contra nós. Eu tenho uma mensagem para os tiranos em Teerã: se vocês nos atacarem, nós vamos atacar vocês. Não há um lugar no Irã que Israel não possa atingir”, disparou Netanyahu.

O discurso do primeiro-ministro israelense foi boicotado por delegações de diferentes países presentes na Assembleia Geral da ONU. O presidente da sessão precisou pedir silêncio para as pessoas que vaiavam Netanyahu. Ele afirmou que nem pretendia comparecer ao evento, mas que precisava “esclarecer" as coisas. 

“Eu não pretendia vir aqui neste ano. Meu país está em guerra, lutando pela sua vida. Mas após ouvir as mentiras e calúnias levantadas por muitos dos porta-vozes neste púlpito, eu decidi vir aqui e esclarecer as coisas. E aqui está a verdade: Israel busca a paz (...).Israel fez a paz e vai fazer a paz de novo”, disse Netanyahu, enquanto seu país continuava atacando pontos no Oriente Médio. As Forças Armadas de Israel (FDI) voltaram a bombardear alvos no Líbano e na Síria na manhã desta sexta-feira.

Benjamin Netanyahu também afirmou que só colocará fim ao genocídio em Gaza após a rendição do Hamas. "Essa guerra pode ter um fim agora. Tudo o que falta é que o Hamas se renda, entregue as armas e devolva os reféns", disse. "Israel rejeitará qualquer regra do Hamas em uma Gaza pós-guerra. Não buscamos reocupar Gaza; o que queremos é desmilitarizar e desradicalizar Gaza. Somente então poderemos garantir que este ciclo de combate seja o último. Estamos prontos para trabalhar com parceiros regionais e outros para apoiar uma administração civil local em Gaza comprometida com a coexistência pacífica".

Ele ainda citou uma passagem na Bíblia que diz que "a alternativa de Israel não falhará". "Essa promessa antiga sempre foi mantida, e seguirá sempre mantida". Durante o discurso, o primeiro-ministro israelense mostrou um mapa do Irã e aliados com a inscrição "a maldição". 

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