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    Enviado dos Estados Unidos desembarca em Caracas para conversa com Nicolás Maduro

    Encontro entre Richard Grenell e o presidente venezuelano foi cercado de mistério. A imprensa não foi convocada para fazer a cobertura

    Richard Grenell (Foto: Reuters)
    Guilherme Paladino avatar
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    RFI - Pouco antes do meio-dia desta sexta-feira (31) o ministro venezuelano da Comunicação, Freddy Ñáñez, confirmou mensagem enviada pelas redes sociais de uma jornalista local. A chancelaria venezuelana informou que o “enviado especial da Casa Branca para a Venezuela pediu uma audiência formal com o presidente Nicolás Maduro”. A postagem complementa que “a audiência foi aceita e que o presidente Maduro irá propor uma ‘agenda zero’”, sem, no entanto, explicar o que significa a tal agenda.

    Segundo fontes, o encontro entre Richard Grenell e Nicolás Maduro não significa uma negociação entre ambos os países. O tom da conversa deve ser ríspido, similar à posição do presidente Donald Trump em relação à Venezuela.

    Um dos temas a ser abordado é que o governo da Venezuela deve aceitar a deportação de imigrantes ilegais, sobretudo a de integrantes do Trem de Aragua, grupo considerado terrorista pelos Estados Unidos e que está disseminado por vários países das Américas.

    A questão do destino dos imigrantes latino-americanos nos Estados Unidos é um dos principais pontos de tensão entre o novo chefe da Casa Branca e os líderes da região. O Departamento de Segurança de Estado norte-americano decidiu anular na última quarta-feira (29) a ampliação do status de proteção temporária (TPS, nas siglas em inglês). Com isso, cerca 600 mil venezuelanos que haviam obtido o direito de morar e trabalhar nos Estados Unidos correm o risco de serem deportados à Venezuela.     

    Outro ponto a ser abordado é a entrega dos norte-americanos presos na Venezuela. Eles devem ser liberados imediatamente e enviados aos Estados Unidos. Fontes não-oficiais apontam que pelo menos dez norte-americanos estão detidos em território venezuelano, por diversos motivos. Eles são considerados reféns por Washington.    

    EUA não reconhecem governo Maduro - O governo de Nicolás Maduro não é reconhecido pelos Estados Unidos. Em 10 janeiro, data da posse de Maduro para seu terceiro mandato presidencial, Washington aumentou de US$ 15 milhões para US$ 25 milhões o prêmio a quem desse informações que levassem à captura do presidente venezuelano.  

    Durante seu primeiro mandato, de 2017 a 2021, Trump também considerou fraudulenta a reeleição de Maduro e impôs à Venezuela uma série de sanções, incluindo um embargo ao petróleo e ao gás, como forma de pressão para tentar, sem sucesso, provocar sua queda.

    Na agenda de Grenell na Venezuela não constam temas como a compra de petróleo pelos EUA. No dia de sua posse, o magnata disse que os EUA não estão interessados no petróleo da Venezuela e "provavelmente" deixarão de comprá-lo. "Era um grande país há 20 anos e agora é um desastre", chegou a declarar Trump.

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