Equipe de Trump diz que afirmações sobre Panamá, Groenlândia, Canadá e México são parte de estratégia para debilitar adversários
Desde a sua reeleição, Trump fez inúmeras declarações ameaçadoras
247 - A equipe de transição do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, explicou os seus recentes comentários sobre o Panamá, a Gronelândia e o Canadá, dizendo que fazem parte de uma estratégia mais ampla.
“Quando [Donald Trump] tomar posse oficialmente, as nações pensarão duas vezes antes de defraudar o nosso país, a América será novamente respeitada e o mundo inteiro estará mais seguro”, disse a porta-voz da equipe, Anna Kelly, num comunicado divulgado neste sábado (28). “Os líderes mundiais estão a reunir-se à mesa de negociações porque o presidente Trump já está a cumprir a sua promessa de tornar a América forte novamente”, acrescentou.
O site RT informa que um responsável da equipe de transição, que pediu anonimato, indicou que a missão de enfraquecer a Rússia e a China tem sido a motivação para os seus comentários sobre o Canadá, a Gronelândia, o Panamá e o México, apesar de ele próprio Trump não ter argumentado isso explicitamente.
"Este não é um trabalho mal feito, há um tecido conjuntivo coerente em tudo isso", disse o funcionário, acrescentando que "Trump sabe quais alavancas usar e quais barreiras existem e ele está em uma posição de poder onde pode usá-las".
Desde a sua reeleição, Trump fez inúmeras declarações controversas sobre o alegado acordo que teria com alguns dos seus parceiros comerciais, e as decisões que tomaria relativamente a territórios de grande importância geopolítica.
Em relação à Gronelândia, o presidente eleito afirmou que, “para os objetivos de segurança nacional e liberdade em todo o mundo, os Estados Unidos da América consideram que a posse e controle da Gronelândia é uma necessidade absoluta”. Estas palavras foram rejeitadas pelas autoridades da ilha, que responderam sem rodeios: “Não estamos à venda e nunca estaremos”.
Da mesma forma, afirmou que a Casa Branca poderia reivindicar o Canal do Panamá e, em declarações recentes, exigiu que o país centro-americano reduzisse o preço dos pedágios dos navios norte-americanos caso não quisessem ser invadidos, embora esses custos sejam estabelecidos pela capacidade e carga dos navios, e não pela sua nacionalidade. Suas palavras geraram o repúdio do presidente panamenho, José Raúl Mulino, bem como a solidariedade ao Panamá por parte dos Governos da China, Colômbia, México, Nicarágua e Venezuela.
No caso do Canadá, Trump disse que Washington deveria parar de subsidiá-lo, colocando exageradamente o déficit comercial em 100 bilhões de dólares. Além disso, sugeriu que o país passasse a fazer parte do território dos Estados Unidos. Fez a mesma proposta em relação ao México.
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