EUA buscam alianças no Brics e advertem contra laços com a Rússia
País do presidente Vladimir Putin encabeça o bloco de nações emergentes e a cúpula em Kazan
247 - Os Estados Unidos continuarão a desenvolver relações com os estados membros do Brics, independentemente da decisão deles de se juntarem à organização, disse o porta-voz adjunto do Departamento de Estado dos EUA, Vedant Patel, nesta terça-feira (22). As informações são da agência Sputnik.
"Acreditamos que todos os países são soberanos. Eles fazem suas próprias escolhas sobre os países e grupos com os quais se associam", disse Patel em uma coletiva de imprensa diária.
Washington pretende manter "uma relação forte e positiva com o Brasil, com a África do Sul, com a Índia", acrescentou o porta-voz, observando que os EUA já estão trabalhando bilateralmente com esses países em várias áreas-chave que, segundo Patel, continuarão a definir o século XXI.
Os EUA estão focados em "construir as coalizões mais amplas e profundas possíveis para ajudar a alcançar objetivos compartilhados" e buscam "afiar, aprofundar e ampliar" as parcerias dessa forma.
Em relação aos laços com a China, Patel disse que o objetivo de Washington é continuar a gerenciar essa relação e a competição com a China de maneira responsável.
A Turquia, que solicitou adesão ao Brics em setembro, é vista como um aliado importante e vital da Otan pelos EUA, destacou o porta-voz.
Quanto à Rússia, Patel afirmou que os EUA deixarão "claro para qualquer país no planeta que não pode mais haver negócios como de costume" com a Rússia.
A mídia ocidental acusou o presidente russo, Vladimir Putin, de usar a cúpula do Brics para enviar uma mensagem aos EUA e à União Europeia e desafiar o Ocidente no palco global.
A cúpula do Brics está sendo realizada em Kazan, na Rússia, de 22 a 24 de outubro, com a participação de chefes de estado, bem como de representantes de várias organizações internacionais. O BRICS é uma associação intergovernamental criada em 2006. A Rússia assumiu a presidência rotativa do bloco em 1º de janeiro de 2024. O ano começou com a adesão de novos membros à associação. Além de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, agora inclui Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. Relatos da mídia indicam que a Arábia Saudita ainda não formalizou sua participação, mas tem participado das reuniões do BRICS.
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