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    EUA excluem o Brasil de verba humanitária e ameaçam continuidade da Operação Acolhida

    Decisão do governo Trump exclui Brasil de novos financiamentos da ONU para imigrantes e obriga governo Lula a buscar alternativas

    Organização Internacional para as Migrações (OIM) (Foto: Divulgação)
    Guilherme Levorato avatar
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    247 - A Organização Internacional para as Migrações (OIM), agência da ONU dedicada ao apoio a migrantes e refugiados, informou ao governo brasileiro que o país foi excluído da nova rodada de financiamento humanitário liberado pelos Estados Unidos, informa Daniela Lima, do g1. A decisão impacta diretamente a Operação Acolhida, iniciativa que presta suporte a imigrantes venezuelanos na região norte do Brasil. 

    A retirada do Brasil da lista de beneficiários ocorre após o governo de Donald Trump suspender, ainda em sua gestão, o repasse de recursos para diversas iniciativas da ONU. Recentemente, Washington retomou os financiamentos, mas priorizando regiões como Iraque, Síria e Faixa de Gaza. "No México, só está autorizado o uso de recurso para ações de suporte na fronteira", revelou a OIM, reforçando que a administração Trump segue endurecendo suas políticas migratórias.

    Os Estados Unidos são responsáveis por aproximadamente 60% dos recursos disponíveis para a OIM. Como o organismo trabalha com projetos específicos e não pode remanejar verbas entre iniciativas, a exclusão do Brasil da nova rodada de repasses compromete a manutenção da Operação Acolhida.

    Impacto na Operação Acolhida - A OIM desempenha um papel fundamental na administração de abrigos e na prestação de atendimento médico e de identificação de refugiados venezuelanos que chegam ao Brasil. Com a descontinuidade dos repasses, o governo Lula (PT) precisou traçar uma estratégia emergencial para manter a Operação Acolhida em funcionamento.

    Entre as soluções adotadas, a Polícia Federal (PF) terá de contratar cerca de 40 profissionais terceirizados para substituir os funcionários da OIM que atuavam na triagem e assistência a migrantes na fronteira de Roraima. Segundo uma fonte próxima ao diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, não há condições de deslocar agentes efetivos para cobrir essa lacuna.

    A exclusão do Brasil da nova rodada de financiamentos reforça a pressão sobre o governo federal, que precisará buscar alternativas para evitar um colapso no atendimento aos refugiados. A continuidade da Operação Acolhida agora depende da capacidade de resposta da administração Lula e de possíveis parcerias com organizações internacionais que ainda mantenham recursos disponíveis para a crise migratória venezuelana.

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