TV 247 logo
HOME > Mundo

EUA veem a América do Sul como campo de testes para manipulação política, indica embaixador russo

Washington, sem esperar pelos resultados da contagem de votos e auditoria, apelou à comunidade internacional para reconhecer o líder da oposição

A líder da oposição enezuelana Maria Corina Machado se dirige a apoiadores durante uma marcha em Caracas contra o resultado das eleições (Foto: REUTERS/Fausto Torrealba)

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

Sputnik - A posição de reconhecer ou não eleições em um país soberano é uma manifestação de política colonial, e Washington continua a ver a América Latina como seu próprio quintal e campo de testes para técnicas de manipulação política, disse o embaixador russo na Venezuela, Sergei Melik-Bagdasarov, à Sputnik.

Após o anúncio dos resultados oficiais das eleições na Venezuela, Moscou afirmou que a oposição venezuelana deveria admitir a derrota. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, alertou outros países contra o apoio a tentativas de desestabilizar a situação dentro do país sul-americano.

"Mesmo antes da eleição na Venezuela, os EUA sugeriram que não tolerariam a reeleição de Nicolás Maduro. A própria posição de reconhecer ou não eleições em um país soberano é uma manifestação clara de política colonial. O povo da Venezuela fez sua escolha. Ela deve ser respeitada. Mas parece que tal abordagem é estranha a Washington", disse Melik-Bagdasarov. O diplomata explicou que os Estados Unidos acreditam que a América Latina é um campo de testes para métodos de interferência eleitoral.

"Os Estados Unidos continuam a ver a região da América Latina como seu quintal e um campo de testes para tecnologias políticas. De acordo com o presidente Nicolás Maduro, hoje estamos vendo tentativas de repetir o projeto 'Juan Guaidó' com algumas mudanças", acrescentou o diplomata russo.

A eleição presidencial da Venezuela foi realizada em 28 de julho, e o Conselho Eleitoral Nacional declarou Nicolás Maduro o vencedor.

Washington, sem esperar pelos resultados da contagem de votos e auditoria subsequente, apelou à comunidade internacional para reconhecer o líder da oposição Edmundo González como o vencedor da eleição presidencial na Venezuela. Na sexta-feira (2), os legisladores dos EUA e da União Europeia (UE) que supervisionam as relações internacionais ameaçaram Maduro com "responsabilidade" se ele não desistisse voluntariamente de seus poderes como chefe de Estado legítimo.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Relacionados