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Extrema-direita vence primeiro turno das eleições na França, apontam pesquisas de boca de urna

Partido de Marine Le Pen e Jordan Bardella obteve cerca de 34% dos votos

Marine Le Pen e Jordan Bardella (Foto: REUTERS - CHRISTIAN HARTMANN)

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PARIS, 30 de junho (Reuters) – O partido de extrema-direita Reunião Nacional (RN), liderado por Marine Le Pen, venceu o primeiro turno das eleições parlamentares na França neste domingo, segundo pesquisas de boca de urna, mas o resultado final dependerá de dias de negociações antes do segundo turno na próxima semana.

As pesquisas realizadas por Ipsos, Ifop, OpinionWay e Elabe indicam que o RN obteve cerca de 34% dos votos. Isso coloca o partido à frente dos rivais de esquerda e centristas, incluindo a aliança Juntos do presidente Emmanuel Macron, cujo bloco recebeu entre 20,5% e 23% dos votos. A Frente Popular Nova, uma coalizão de esquerda formada às pressas, foi projetada para obter cerca de 29% dos votos.

As pesquisas de boca de urna estão alinhadas com as pesquisas de opinião realizadas antes das eleições, mas não fornecem clareza sobre se, após o segundo turno no próximo domingo, o RN anti-imigração e eurocético conseguirá formar um governo para "coabitar" com o pró-UE Macron.

O RN foi visto como o partido que ganhará mais assentos na Assembleia Nacional, mas apenas uma das empresas de pesquisa – Elabe – projeta que o partido conseguirá uma maioria absoluta de 289 assentos no segundo turno em 7 de julho. Especialistas afirmam que as projeções de assentos após o primeiro turno podem ser altamente imprecisas, especialmente nesta eleição.

A participação dos eleitores foi alta em comparação com as eleições parlamentares anteriores, ilustrando o fervor político despertado por Macron com sua surpreendente decisão de convocar uma votação parlamentar após o RN derrotar seu partido nas eleições para o Parlamento Europeu no início deste mês.

Agora, uma semana de negociações políticas está pela frente. Em um comunicado escrito à imprensa, Macron pediu aos eleitores que apoiassem candidatos "claramente republicanos e democráticos", o que, com base em suas recentes declarações, excluiria candidatos do RN e do partido de extrema-esquerda França Insubmissa.

UNIÃO DE FORÇAS

O resultado final dependerá de como os partidos decidirão unir forças em cada uma das 577 circunscrições da França para o segundo turno. No passado, partidos de centro-direita e centro-esquerda se uniram para manter o RN longe do poder, mas essa dinâmica, chamada de "frente republicana" na França, é mais incerta do que nunca.

A decisão do presidente de convocar eleições antecipadas mergulhou o país em incerteza política, enviou ondas de choque por toda a Europa e provocou uma venda de ativos franceses nos mercados financeiros.

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