Fenajufe emite nota em solidariedade a Breno Altman: “processado por denunciar genocídio de Israel”

247 - A Fenajufe - Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União- emitiu uma nota em solidariedade ao jornalista Breno Altman, que é perseguido após denunciar o genocidio cometido por Israel em Gaza.

O jornalista foi processado e condenado a uma multa de 15 salários-mínimos, após ser acusado de injúria contra o economista Alexandre Schwartsman e o presidente da organização pró-Israel StandWithUs Brasil, André Lajst.

Leia a íntegra da nota:

A Fenajufe se soma às entidades sindicais e sociais para prestar solidariedade ao jornalista Breno Altman que tem sofrido diversos ataques por criticar e denunciar o genocídio de Israel contra o povo palestino. Uma tentativa de silenciamento e uma afronta à liberdade de expressão do profissional.

A guerra que já tirou a vida mais de 40 mil pessoas na grande maioria crianças e mulheres, e expulsou sob bombardeio quase 1,5 milhão de palestinos, ganhou destaque nos primeiros meses, depois a grande mídia abandonou a pauta e seguiu para a próxima notícia. Breno— cuja família foi vítima do holocausto— foi um dos poucos jornalistas brasileiros que têm acompanhado de perto o massacre na Palestina.

Mas além de noticiar, tem criticado duramente autoridades que se omitem diante da gravidade que é a tentativa absurda da destruição em massa étnico-cultural de todo um povo. Como resultado, o jornalista foi processado e condenado a uma multa de 15 salários-mínimos, após ser acusado de injúria contra o economista Alexandre Schwartsman e o presidente da organização pró-Israel StandWithUs Brasil, André Lajst.

O jornalista, autor do livro "Genocídio é ferramenta de expansão de regime sionista”, também é alvo de processo movido pela Confederação Israelita do Brasil (Conib). O que demonstra o descontentamento dos sionistas diante da luta pela vida e diversidade.

Por fim, a Fenajufe reitera solidariedade ao povo palestino e a todas e todos que diante das inúmeras tentativas de silenciamento, ainda assim lutam em defesa do direito à vida e da democracia.