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    Financial Times: Estados Unidos não participarão diretamente de ataques israelenses ao Irã

    Por outro lado, o governo norte-americano instiga Israel a se defender e "responder" a supostas ameaças de países vizinhos

    Benjamin Netanyahu e Joe Biden (Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz)

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    247 - Segundo reportagem publicada pelo Financial Times, os Estados Unidos não devem participar de possíveis ataques israelenses contra o Irã, que podem ter como alvo infraestrutura militar e energética iraniana. Fontes anônimas do governo norte-americano confirmaram a informação, destacando que, embora haja discussões entre os dois países sobre as operações, Washington não pretende se envolver diretamente nas ações, informa a agência Sputnik.

    Esta posição reflete a cautela de Washington em evitar uma escalada militar na já tensa região do Oriente Médio. Recentemente, o presidente dos EUA, Joe Biden, reafirmou que "não apoiaria" ataques israelenses às instalações nucleares iranianas. Biden, no entanto, reconheceu o direito de Israel de "responder" a ameaças, desde que a resposta seja proporcional. Israel tem o direito de responder, segundo Biden, mas os Estados Unidos não dão "permissão" ao país, apenas "aconselham". Esta linha foi reiterada pelo porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, que reforçou a posição do presidente.

    A tensão aumentou na região após o lançamento de centenas de mísseis balísticos pelo Irã em direção a Israel, em retaliação à morte de líderes importantes, como Hassan Nasrallah, do Hezbollah, Ismail Haniyeh, do Hamas, e Abbas Nilforoushan, do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica. O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, declarou que o Irã não busca uma guerra com Israel, mas está preparado para responder a qualquer ameaça de maneira firme.

    Operação "Setas do Norte"

    Além das trocas de declarações entre EUA e Israel, a ofensiva militar israelense, denominada "Setas do Norte", continua a se intensificar. Na última quinta-feira, a força aérea israelense lançou 73 toneladas de bombas em um bunker no subúrbio de Dahiya, em Beirute, onde supostamente estaria Hashem Safieddine, apontado como sucessor de Hassan Nasrallah no comando do Hezbollah. A operação visou destruir a capacidade militar do grupo, atingindo túneis de contrabando e linhas de abastecimento na fronteira entre Líbano e Síria. 

    Relatos locais informam que o número de vítimas dos ataques israelenses no Líbano já ultrapassa 1,9 mil, segundo o ministro da Saúde libanês, Firas Abiad. Observadores têm comparado a intensidade dos ataques com a Guerra do Líbano de 2006, sendo esta considerada uma das maiores ofensivas israelenses desde então.

    Com a escalada dos conflitos, a comunidade internacional observa de perto os desdobramentos, temendo que uma resposta desproporcional possa levar a uma guerra em larga escala, envolvendo outras nações da região.

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