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"Gaza é o inferno na terra", diz agência da ONU para refugiados palestinos após bombardeio de Israel

Israel bombardeou um campo de refugiados em Rafah, na Faixa de Gaza, e assassinou mais de 40 pessoas. Crianças, mulheres e idosos foram feridos

Palestinos procuram alimentos entre escombros após ataque israelense a um campo de refugiados em Rafah, na Faixa de Gaza (Foto: Reuters/Mohammed Salem)

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247 - Em uma forte condenação ao ataque aéreo israelense na região de Rafah, ao sul de Gaza, neste final de semana, a Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos no Oriente Próximo (UNRWA) afirmou nesta segunda-feira (27) que as imagens da devastação na noite passada são uma prova de que "Gaza é o inferno na terra", informa o jornal O Globo. Segundo a Defesa Civil de Gaza, o bombardeio resultou na morte de mais de 40 pessoas, incluindo crianças e mulheres, que estavam abrigadas em uma área destinada a deslocados pela guerra.

O Exército de Israel confirmou a realização do ataque aéreo no domingo, alegando que o alvo era um complexo do Hamas na região. Segundo os militares, dois comandantes do grupo palestino teriam sido mortos na operação, que está atualmente "sob análise". No entanto, autoridades palestinas e grupos de ajuda humanitária contestam essa versão, afirmando que o ataque atingiu uma zona humanitária previamente demarcada por Israel. O Crescente Vermelho palestino relatou que os civis haviam sido instruídos a buscar abrigo na área atingida para evitar a violência.

Mohammad al-Mughayyir, da Defesa Civil palestina, descreveu cenas de horror no local do bombardeio. "Nós vimos corpos carbonizados e amputações, com crianças, mulheres e idosos entre os feridos," relatou. 

O bombardeio em Rafah gerou uma onda de condenações internacionais. A Corte Internacional de Justiça (CIJ) havia ordenado recentemente a retirada de Israel da região, o que torna o ataque ainda mais controverso. O governo egípcio classificou a ação como um "bombardeio deliberado" contra tendas de deslocados, exigindo o cumprimento imediato das medidas determinadas pela CIJ. O Ministério das Relações Exteriores do Catar também se pronunciou, alertando que o ataque poderia comprometer os esforços de mediação para um cessar-fogo e a libertação de reféns. A escalada de violência em Gaza, incluindo o primeiro ataque com foguetes do Hamas contra Tel Aviv no domingo, intensificou a tensão na região.

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Ne Europa, o presidente da França, Emmanuel Macron disse estar "indignado" com o ataque e cobrou de Israel "respeito ao Direito Internacional".  Chefe da política externa da União Europeia, Josep Borrell afirmou que as decisões do Tribunal Internacional de Justiça devem ser respeitadas, contrariamente ao que faz o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

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