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    Gaza está "apocalíptica" e todos em "risco iminente" de morte, alerta ONU

    Israel iniciou uma ampla ofensiva militar no norte de Gaza no começo deste mês

    Palestinos deixam parte norte de Gaza em meio a operação militar israelense, em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza 22/10/2024 (Foto: REUTERS/Mahmoud Issa)

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    NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - A situação no norte da Faixa de Gaza é "apocalíptica", à medida que Israel prossegue com a ofensiva militar contra militantes do Hamas na área, alertaram as principais autoridades das Nações Unidas nesta sexta-feira.

    "Toda a população palestina no norte de Gaza corre o risco iminente de morrer de doenças, fome e violência", disseram entidades em uma declaração assinada pelos chefes das agências da ONU, incluindo a agência infantil da ONU, Unicef, e o Programa Mundial de Alimentos, entre outros grupos de ajuda.

    Israel iniciou uma ampla ofensiva militar no norte de Gaza no começo deste mês. Os Estados Unidos afirmaram que observam a situação para garantir que as ações de seu aliado no local deixem claro que não está implementando uma "política de fome" no norte.

    "A ajuda humanitária não consegue acompanhar a escala das necessidades devido às restrições de acesso. Produtos básicos que salvam vidas não estão disponíveis. Os humanitários não estão seguros para realizar seu trabalho e são impedidos pelas forças israelenses e pela insegurança de chegar às pessoas necessitadas", diz a  declaração.

    As entidades pedem a todas as partes que lutam em Gaza que protejam os civis e conclamam Israel a "cessar seu ataque a Gaza e aos humanitários que tentam ajudar".

    A missão israelense da ONU em Nova York não quis comentar a declaração. No mês passado, o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, disse ao Conselho de Segurança que o problema em Gaza não era a falta de ajuda, afirmando que mais de um milhão de toneladas haviam sido entregues no ano passado. Ele acusou o Hamas de sequestrar a assistência.

    O Hamas tem negado repetidamente as alegações israelenses de que estaria roubando a ajuda e diz que Israel é o culpado pela escassez.

    Na segunda-feira, o Serviço de Emergência Civil palestino disse que cerca de 100.000 pessoas estavam isoladas em Jabalia, Beit Lahiya e Beit Hanoun, no norte de Gaza, sem suprimentos médicos ou alimentares. A Reuters não conseguiu verificar o número de forma independente.

    A administradora da USAID, Samantha Power, conversou com o embaixador de Israel nos Estados Unidos nesta sexta-feira, ao passo que se aproxima o prazo imposto por Washington para que Israel melhore a situação ou enfrente possíveis restrições à ajuda militar dos EUA.

    Power e Herzog "discutiram a necessidade de obter mais ajuda para o povo palestino", disse o porta-voz da USAID, Benjamin Suarato, acrescentando: "O administrador Power levantou sérias preocupações sobre as condições humanitárias no norte de Gaza"

    Os Estados Unidos disseram a Israel, em uma carta de 13 de outubro, que o país deveria tomar medidas dentro de 30 dias.

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