HOME > Mundo

Brasil deve descartar qualquer aproximação com governo de Netanyahu, acusado de genocídio

"O que Netanyahu faz e tem feito é, na verdade, um crime contra a humanidade", disse o colunista Tales Faria

Benjamin Netanyahu discursa na Assembleia Geral da ONU, 27 de setembro de 2024 (Foto: EDUARDO MUNOZ/REUTERS)

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

247 – A delegação brasileira não assistiu ao discurso do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Assembleia Geral da ONU nesta sexta-feira (27). Para o colunista Tales Faria, a atitude do Brasil indica que o país não está interessado em manter um diálogo com o governo de Israel.

Ao UOL News, Faria também destacou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu recentemente com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, que agradeceu ao líder brasileiro pela condenação da ofensiva de Israel contra Gaza.

“O governo brasileiro não quer qualquer entendimento com o governo de Israel no momento. O que Netanyahu faz e tem feito é, na verdade, um crime contra a humanidade. São assassinatos em massa, que podem ser chamados de genocídio ou, tecnicamente, não ser genocídio; pouco importa. É um crime contra a humanidade e precisa ser julgado”, afirmou Tales Faria.

O colunista também observou que a postura de Netanyahu, ao continuar os ataques ao Líbano e à Faixa de Gaza, revela que “os EUA estão por trás de Netanyahu, permitindo que ele faça tudo isso”.

“Netanyahu está ditando a política externa americana, independentemente do que pensem Kamala [Harris] ou Joe Biden. Eles tentaram que Netanyahu fosse mais moderado, que aceitasse um cessar-fogo, mas ele não o fez e impôs aos EUA sua política de guerra e matança”, disse.

Durante o evento desta sexta, Netanyahu foi vaiado enquanto subia ao púlpito. 

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Relacionados