Brasil deve descartar qualquer aproximação com governo de Netanyahu, acusado de genocídio
"O que Netanyahu faz e tem feito é, na verdade, um crime contra a humanidade", disse o colunista Tales Faria
247 – A delegação brasileira não assistiu ao discurso do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Assembleia Geral da ONU nesta sexta-feira (27). Para o colunista Tales Faria, a atitude do Brasil indica que o país não está interessado em manter um diálogo com o governo de Israel.
Ao UOL News, Faria também destacou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu recentemente com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, que agradeceu ao líder brasileiro pela condenação da ofensiva de Israel contra Gaza.
“O governo brasileiro não quer qualquer entendimento com o governo de Israel no momento. O que Netanyahu faz e tem feito é, na verdade, um crime contra a humanidade. São assassinatos em massa, que podem ser chamados de genocídio ou, tecnicamente, não ser genocídio; pouco importa. É um crime contra a humanidade e precisa ser julgado”, afirmou Tales Faria.
O colunista também observou que a postura de Netanyahu, ao continuar os ataques ao Líbano e à Faixa de Gaza, revela que “os EUA estão por trás de Netanyahu, permitindo que ele faça tudo isso”.
“Netanyahu está ditando a política externa americana, independentemente do que pensem Kamala [Harris] ou Joe Biden. Eles tentaram que Netanyahu fosse mais moderado, que aceitasse um cessar-fogo, mas ele não o fez e impôs aos EUA sua política de guerra e matança”, disse.
Durante o evento desta sexta, Netanyahu foi vaiado enquanto subia ao púlpito.
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