Governo do Paquistão anuncia plano para banir partido de Imran Khan
Além do plano de banir o partido, o governo também pretende apresentar acusações de traição contra Imran Khan e outros dois líderes seniores do PTI
247 - O governo paquistanês anunciou nesta segunda-feira (15) que planeja banir o Pakistan Terheek-e-Insaf (PTI), partido liderado pelo ex-primeiro-ministro Imran Khan, atualmente preso. A declaração foi feita pelo Ministro da Informação, Attaullah Tarar, que acusou o partido de envolvimento em atividades contra o Estado, informa a Al Jazeera.
Segundo Tarar, a decisão de proibir o PTI veio após a análise de diversas evidências que, segundo ele, comprovam a incitação a protestos violentos no ano passado e o vazamento de informações confidenciais por parte do partido. "O governo decidiu banir o PTI após ver todas as evidências disponíveis. Vamos mover um caso para banir o partido", afirmou o ministro. Ele também acrescentou que o caso será levado à Suprema Corte.
A medida foi anunciada poucos dias depois de o PTI obter uma vitória significativa na Suprema Corte, que declarou o partido elegível para uma parte dos assentos reservados nas assembleias nacionais e provinciais. Esse desenvolvimento judicial parecia ter fortalecido a posição do PTI, mas a nova decisão do governo indica uma intensificação do conflito político no país.
Além do plano de banir o partido, o governo também pretende apresentar acusações de traição contra Imran Khan e outros dois líderes seniores do PTI, o ex-presidente Arif Alvi e o ex-vice-presidente Qasim Suri. Tarar mencionou ainda a intenção de apresentar um recurso de revisão contra a recente decisão da Suprema Corte sobre os assentos reservados.
A resposta do PTI foi rápida e veemente. Sayed Zulfiqar Bukhari, um líder sênior do partido e porta-voz, afirmou que a decisão do governo "trai seu completo pânico". Bukhari criticou a tentativa do governo de usar medidas legais para suprimir o partido, afirmando que todas as tentativas anteriores foram consideradas ilegais pelos tribunais. "Depois de perceber que não podem ameaçar os tribunais ou colocá-los sob pressão, ou não podem mais chantagear os juízes, decidiram fazer este movimento através do gabinete", declarou ele.
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