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    Guerras lideram lista de riscos globais para 2025, aponta Fórum Econômico Mundial

    Relatório destaca deterioração nas perspectivas globais e alerta para impacto crescente de crises geopolíticas e ambientais

    Prédio de apartamentos destruído pelos destroços de um míssil lançado pela Ucrânia, em Kursk, Rússia, 11 de agosto de 2024 (Foto: Prefeito de Kursk Igor Kutsak via Telegram/Divulgação via REUTERS)
    Guilherme Levorato avatar
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    247 - Os conflitos armados envolvendo Estados despontam como o principal risco global para 2025, segundo relatório divulgado pelo Fórum Econômico Mundial. A pesquisa, realizada com 900 especialistas de diversas áreas, revela que a possibilidade de guerras entre países supera outros fatores de risco, como eventos climáticos extremos (14%), confrontos geoeconômicos (8%) e a disseminação de desinformação (7%), relata a Folha de S. Paulo.

    De acordo com o relatório, conflitos prolongados, como os da Ucrânia e do Sudão, contribuem para essa percepção de risco elevado. O cenário global fragmentado e o aumento de ações unilaterais por parte de nações também intensificam os temores de erros estratégicos e enfraquecem mecanismos multilaterais de prevenção de crises.

    As expectativas para os próximos dez anos são ainda mais preocupantes. Enquanto 5% dos especialistas veem riscos catastróficos no curto prazo, esse número salta para 17% no horizonte de uma década. Já aqueles que preveem um mundo turbulento aumentam de 31% para 45% nesse mesmo período. No curto prazo, a desinformação se destaca como o principal fator de risco, sendo apontada como uma ferramenta capaz de manipular intenções de voto, gerar dúvidas sobre zonas de conflito e prejudicar a reputação de produtos e serviços internacionais.

    O relatório também evidencia o papel central da desigualdade social. Embora classificada como o sétimo maior risco tanto no curto quanto no longo prazo, a desigualdade é vista como um fator que amplifica e é amplificado por outros riscos. "[A desigualdade] tem um papel significativo tanto como gatilho para outros riscos, como para ser influenciado por eles. Ela contribui para enfraquecer a confiança e reduzir nosso senso coletivo de valores compartilhados", destaca o documento.

    Os riscos ambientais continuam a dominar as projeções de longo prazo. Eventos climáticos extremos permanecem como o segundo principal risco para 2025 e assumem a liderança no horizonte de dez anos. Perda de biodiversidade, colapso de ecossistemas e outros impactos ambientais encabeçam a lista de preocupações futuras. "A perspectiva para riscos ambientais pela próxima década é alarmante", aponta o relatório, ressaltando que esses riscos apresentam a piora mais acentuada entre todos os 33 fatores analisados, especialmente entre especialistas mais jovens.

    A inteligência artificial (IA) também surge como uma preocupação crescente. Embora atualmente ocupe a 31ª posição entre os riscos avaliados para o curto prazo, a IA sobe para a 6ª posição no longo prazo. Esse avanço reflete o temor de que, após os benefícios iniciais de desenvolvimento e adoção, a tecnologia possa representar ameaças significativas.

    O relatório conclui com um alerta sobre a necessidade de cooperação global. "A próxima década será fundamental porque líderes serão confrontados com riscos globais crescentemente complexos. Mas para evitar uma espiral descendente na qual cidadãos pelo mundo estarão piores do que antes, em última análise não há outra opção além de encontrar caminhos para o diálogo e a colaboração", conclui o Fórum Econômico Mundial.

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