Hamas aposta em novo acordo de cessar-fogo e admite possibilidade de libertar mais prisioneiros israelenses
Canal Al-Arabiya revela que o Hamas aceita ampliar libertação de reféns, enquanto os EUA pressionam Israel por acordo
247 - O movimento de libertação da Palestina Hamas indicou estar disposto a libertar um número maior de prisioneiros israelenses como parte de um possível novo acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. A informação foi divulgada neste domingo (13) pelo canal saudita Al-Arabiya, com base em fontes ligadas às negociações.
Segundo a reportagem, os Estados Unidos teriam sinalizado ao Hamas que pressionarão Israel a participar de negociações para o fim da guerra, caso o movimento avance com a proposta. A movimentação ocorre no momento em que o Egito apresenta um plano que inclui a supervisão do Cairo na eventual desmilitarização do Hamas — proposta ainda não confirmada oficialmente pelas partes envolvidas.
As tratativas enfrentam um impasse desde que Israel condicionou o prolongamento de um cessar-fogo à libertação de 11 reféns. O Hamas, por sua vez, ofereceu inicialmente a liberação de cinco. De acordo com fontes da Al-Arabiya, a nova proposta apresentada por Israel no fim de semana demonstraria flexibilidade, com a possibilidade de aceitar um número menor de libertações em troca da trégua.
Ainda segundo o canal saudita, o Hamas teria dado um “acordo inicial” para elevar o número de reféns libertados, embora não tenha sido especificada a nova quantidade proposta. O acordo, segundo a emissora, estaria em fase final de elaboração, o que pode indicar um avanço significativo nas negociações mediadas por Egito, Catar e Estados Unidos.
Enquanto isso, em Israel, a pressão sobre o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu aumenta. Famílias de israelenses mantidos em Gaza realizaram no domingo (13) um protesto em frente à residência do Ministro de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, em Jerusalém. O ato exigia mais empenho do governo nas negociações por um cessar-fogo e pelo retorno dos sequestrados.
Até o momento, o governo de Israel não se manifestou oficialmente sobre a proposta divulgada pela Al-Arabiya. Também não houve comentários públicos por parte do Hamas ou das autoridades egípcias. O Departamento de Estado dos EUA, embora envolvido nas negociações, tem adotado cautela ao falar publicamente sobre os termos em discussão.
O presidente dos EUA, Donald Trump, não se pronunciou diretamente sobre o novo plano, mas autoridades americanas reiteram, em discursos recentes, a importância de garantir a libertação dos reféns e a desescalada do conflito. A posição dos EUA é vista como determinante para pressionar as partes a chegarem a um entendimento.
A comunidade internacional continua monitorando com atenção os desdobramentos. Diplomatas europeus e representantes das Nações Unidas já manifestaram apoio a um cessar-fogo humanitário duradouro que permita tanto a saída de civis de áreas de combate quanto a entrada de ajuda humanitária em Gaza.
Apesar dos avanços pontuais nas negociações, o cenário segue incerto. A desconfiança mútua entre as partes e os objetivos divergentes dificultam uma solução imediata. No entanto, o gesto do Hamas de admitir a possibilidade de ampliar a libertação de reféns pode representar uma brecha para avanços diplomáticos mais consistentes nos próximos dias.
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