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"Hamas não representa mais uma grande ameaça para Israel", diz Biden

Entenda como seria o cessar-fogo na Palestina, defendido pelo governo Biden

Joe Biden | Palestino procura por comida após ataque israelense em local designado para pessoas desalojadas em Rafah, no sul da Faixa de Gaza (Foto: Miriam Alster/Pool via REUTERS | REUTERS/Mohammed Salem)

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247 – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou que o Hamas não representa mais uma grande ameaça para Israel. Durante seu pronunciamento, Biden detalhou um acordo de cessar-fogo em três fases para a Faixa de Gaza, que ele acredita ser essencial para encerrar o conflito na região.

A primeira fase do acordo duraria seis semanas e incluiria um cessar-fogo "completo". Durante esse período, as forças israelenses se retirariam de todas as áreas povoadas na Faixa de Gaza. Além disso, haveria uma troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos, juntamente com a devolução dos corpos de israelenses mortos pelo Hamas, segundo reportagem do site Politico.

Biden também destacou que civis palestinos poderiam retornar às suas casas em toda a Faixa de Gaza. A assistência humanitária aumentaria significativamente, com 600 caminhões transportando ajuda diariamente para Gaza. Centenas de milhares de abrigos temporários seriam entregues para acomodar aqueles que perderam suas casas. "Tudo isso e mais começaria imediatamente", afirmou o presidente.

Reconstrução de Gaza

Após o término dos combates, os Estados Unidos, em parceria com outras nações, se comprometeriam a reconstruir Gaza. Isso incluiria a reconstrução de casas, escolas e hospitais, além de reparos em comunidades destruídas durante o conflito.

Em resposta ao discurso de Biden, o escritório do Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou a existência de um acordo em negociação com o Hamas. No entanto, a declaração deixou claro que Israel poderia continuar sua operação militar em Gaza. A proposta permitiria que Israel continuasse a guerra até alcançar todos os seus objetivos, incluindo a destruição das capacidades militares e de governança do Hamas. A declaração também enfatizou que a transição de uma fase para outra do acordo seria condicional, permitindo que Israel mantenha seus princípios estratégicos.

Avanço das Tropas Israelenses

Enquanto Biden discursava, tropas e tanques israelenses avançavam mais profundamente na cidade de Rafah, no sul de Gaza, apesar das críticas internacionais à operação. Em suas observações, Biden fez algumas de suas críticas mais contundentes à estratégia militar de Israel desde o início da guerra. "Você não pode perder este momento. Guerra indefinida em busca de uma noção não identificada de vitória total só vai atolá-los em Gaza ... e aumentar o isolamento de Israel no mundo", disse Biden, acrescentando que cabe ao Hamas negociar e concordar com o acordo.

Nos últimos dias, tropas israelenses entraram nas áreas mais povoadas de Rafah e destruíram dezenas de edifícios, alterando significativamente a geografia da área, conforme imagens de satélite analisadas pelo The Washington Post. A operação israelense em Rafah é comparável em tamanho à realizada na cidade de Khan Younis, que ficou em ruínas.

O governo Biden afirmou nesta semana que a ofensiva de Israel em Rafah ainda não cruzou seu "limite", ressaltando que a operação não está na mesma escala das realizadas em Gaza City e Khan Younis. O Conselho de Segurança Nacional dos EUA não respondeu a um pedido de comentário quando questionado sobre a comparação com Khan Younis.

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