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    Reuters/Ipsos: Biden tem 2 pontos de vantagem sobre Trump após condenação de republicano

    No total, 41% dos eleitores entrevistados na pesquisa disseram que escolheriam o atual presidente americano

    Joe Biden (à esq.) e Donald Trump (Foto: REUTERS/Brendan McDermid e Elizabeth Frantz)

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    Por Jason Lange

    WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tem uma vantagem de 2 pontos percentuais sobre o adversário republicano na eleição presidencial de novembro, Donald Trump, após a histórica condenação do ex-presidente por um júri de Nova York pela acusação de ter falsificado registros financeiros para esconder um pagamento a uma atriz pornô, mostrou uma pesquisa Reuters/Ipsos finalizada nesta sexta-feira.

    No total, 41% dos eleitores entrevistados na pesquisa -- realizada horas após a condenação de Trump na quinta-feira -- disseram que escolheriam Biden, que é do Partido Democrata, se a eleição fosse hoje. Outros 39% disseram que votariam em Trump, enquanto 20% dos entrevistados afirmaram não ter escolhido um candidato e/ou que estão propensos a escolher uma terceira via ou não votar no dia 5 de novembro. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais. A sondagem Reuters/Ipsos anterior, conduzida entre 7 e 14 de maio, havia mostrado Trump e Biden empatados com 40%.

    A pesquisa revelou ainda que 10% dos eleitores escolheriam Robert Kennedy Jr. -- um ativista antivacinas que concorre como independente -- caso ele esteja na cédula de votação com Trump e Biden. Na sondagem anterior, ele tinha 13%. Embora pesquisas nacionais apontem importantes tendências sobre o apoio a candidatos, são alguns poucos Estados-chave que tipicamente mexem no equilíbrio do Colégio Eleitoral norte-americano, o que no fim decide quem vence a eleição presidencial.

    Com muitos eleitores ainda permanecendo em cima do muro cerca de cinco meses antes do dia do pleito, ambos os candidatos carregam importantes debilidades na primeira revanche presidencial em quase 70 anos.

    Na quinta-feira, Trump se tornou o primeiro presidente ou ex-presidente da história dos EUA a ser condenado por um crime. Trump prometeu recorrer do veredicto e afirmou que a acusação tem motivação política. Ele pode ser sentenciado em julho e pode até ser preso, depois de um júri tê-lo considerado culpado de 34 acusações, após o pagamento para uma atriz pornô antes da eleição de 2016.

    Em troca, ela ficaria calada sobre o suposto encontro sexual que afirma ter tido como político. Trump, que tem 77 anos, também enfrenta outras acusações criminais, que envolvem a tentativa de reverter sua derrota na eleição de 2020 e o manuseio de documentos sensíveis após ter deixado a Presidência, em 2021. Ele se declarou inocente em todos os processos.

    Já as fraquezas eleitorais de Biden incluem sua idade, 81 anos, e fortes críticas dentro do próprio Partido Democrata devido ao apoio à guerra de Israel contra os militantes do Hamas em Gaza. Protestos foram registrados em universidades dos EUA nos últimos meses, alimentando temores entre os democratas de que o eleitor jovem pode se voltar contra o atual presidente. A pesquisa Reuters/Ipsos entrevistou 2.135 eleitores, que responderam à sondagem de forma online.

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