Kamala Harris aponta Irã como maior rival dos EUA e condiciona encontro com Putin à presença da Ucrânia
Vice-presidente dos EUA destaca prioridade de impedir armas nucleares iranianas e defende papel da Ucrânia em negociações de paz
247 – A vice-presidente dos Estados Unidos e candidata à presidência, Kamala Harris, em entrevista à CBS News, classificou o Irã como o principal adversário do país, ressaltando que sua maior prioridade, caso vença as eleições de 5 de novembro, será evitar que a nação iraniana desenvolva armas nucleares. Harris enfatizou que "o Irã tem sangue americano em suas mãos" e que a segurança nacional depende de ações firmes contra o regime de Teerã.
Durante a entrevista, reportada pela Sputnik, Harris também discutiu a crescente tensão com a China. Ela afirmou que os EUA devem manter um canal de comunicação militar aberto com o país asiático para evitar conflitos. “Precisamos vencer a competição do século XXI com a China, mas sem buscar um confronto direto”, afirmou a vice-presidente, reforçando a necessidade de proteger os interesses das empresas americanas e de apoiar Taiwan.
Ao abordar a questão da Ucrânia, Harris foi enfática sobre a participação de Kiev em qualquer negociação de paz que envolva a Rússia. "Não bilateralmente, sem a Ucrânia, não", disse ela, em resposta à pergunta sobre a possibilidade de um encontro direto com Vladimir Putin para discutir o fim do conflito no leste europeu. Segundo Harris, a adesão da Ucrânia à OTAN será decidida "se e quando" o momento apropriado chegar, respeitando os trâmites previstos pela Carta das Nações Unidas.
Seu principal adversário na corrida presidencial, o ex-presidente Donald Trump, criticou a postura da atual administração em relação à Rússia. Trump declarou repetidamente que, se eleito, se reunirá com Putin e garantiu que será capaz de encerrar o conflito rapidamente, antes mesmo de assumir a presidência. Essas declarações têm sido parte central de sua campanha, contrastando com a abordagem mais cautelosa e multilateral de Harris.
Enquanto os dois candidatos se preparam para a reta final das eleições, as tensões internacionais e as divergências nas políticas externas devem continuar sendo pontos centrais na disputa, refletindo as complexas dinâmicas geopolíticas enfrentadas pelos Estados Unidos.
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