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    Hezbollah não vai ampliar guerra, mas lutará se necessário, diz vice-líder

    Vice-líder do Hezbollah, xeque Naim Qassem, afirmou que o movimento não quer ampliar o conflito com Israel, mas está pronto para lutar em qualquer guerra que lhe for imposta

    FILE PHOTO: Lebanon's Hezbollah deputy leader Sheikh Naim Qassem is pictured during an interview with Reuters at his office in Beirut's suburbs, Lebanon August 3, 2016. REUTERS/Aziz Taher/File Photo (Foto: AZIZ TAHER)

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    Reuters - O movimento Hezbollah do Líbano não está buscando ampliar seu conflito com Israel, mas está pronto para lutar em qualquer guerra que lhe for imposta, disse seu vice-líder nesta terça-feira, enquanto as hostilidades na fronteira libanesa-israelense permaneciam intensas.

    O Hezbollah, apoiado pelo Irã, e Israel têm trocado tiros nos últimos oito meses, paralelamente à guerra de Gaza, levantando preocupações de que um conflito ainda mais amplo possa ocorrer entre os adversários fortemente armados.

    As hostilidades entre Israel e o Hezbollah foram as piores desde que entraram em guerra em 2006, e dezenas de milhares de pessoas em ambos os lados da fronteira foram forçadas a fugir de suas casas.

    O vice-líder do Hezbollah, xeque Naim Qassem, disse à emissora Al Jazeera que a decisão do grupo não foi "ampliar a guerra", mas que lutaria se fosse imposto a ele, de acordo com um flash veiculado antes da exibição da entrevista.

    O gabinete de guerra de Israel deve se reunir ainda nesta terça-feira, principalmente para discutir a frente norte, disse uma autoridade israelense.

    O porta-voz do governo israelense, David Mencer, disse que os combates na área "não são uma realidade sustentável", acrescentando que Israel está comprometido em garantir o retorno para casa de dezenas de milhares de israelenses retirados do norte.

    "Cabe ao Hezbollah decidir se isso pode ser feito por meios diplomáticos ou pela força", disse ele. "Estamos defendendo este país e ninguém deve se surpreender com nossa resposta."

    Amos Hochstein, um conselheiro sênior do presidente dos EUA, Joe Biden, no centro dos esforços diplomáticos que buscam a redução da escalada, disse na semana passada que um acordo de fronteira terrestre entre Israel e o Líbano implementado em fases poderia amortecer o conflito.

    Mais cedo na terça-feira, os ministros israelenses de extrema-direita Bezalel Smotrich e Itamar Ben-Gvir pediram mais ação militar.

    "Não pode haver paz no Líbano enquanto nossa terra for atingida e as pessoas daqui forem evacuadas", disse Ben-Gvir após uma excursão na cidade de Kiryat Shmona, no norte do país, em uma declaração em vídeo compartilhada no X. "Eles estão ateando fogo aqui, precisamos queimar todas as fortalezas do Hezbollah, destruí-las. Guerra!"

    Ben-Gvir e Smotrich são membros do gabinete de segurança de Israel, mas não do gabinete de guerra.

    A violência, que vem oscilando há meses, aumentou nos últimos dias. O Hezbollah anunciou na terça-feira que havia lançado um esquadrão de drones de ataque unidirecional em um quartel militar israelense pelo segundo dia consecutivo, chamando-o de resposta a um ataque israelense mortal em Naqoura, no Líbano.

    Sirenes soaram no norte de Israel, onde foguetes disparados do Líbano provocaram incêndios na segunda-feira.

    Os ataques israelenses mataram cerca de 300 membros do Hezbollah desde 7 de outubro e cerca de 80 civis. Os ataques do Líbano contra Israel mataram 18 soldados israelenses e 10 civis, segundo os militares israelenses.

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