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    Iniciativa brasileira, Aliança Global contra a Fome atinge 80 adesões e promete avanço histórico no combate à pobreza

    A proposta tem sido considerada uma das principais contribuições do Brasil à presidência rotativa do G20

    Aliança global contra a fome (Foto: RICARDO STUCKERT)

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    247 - Durante a Cúpula Social do G20, realizada no Rio de Janeiro, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, proposta pelo Brasil, alcançou um marco significativo: 80 países formalizaram sua adesão à iniciativa. Segundo Míriam Leitão, do jornal O Globo, o número inclui todos os integrantes do G20, além de 60 organizações internacionais, bancos de desenvolvimento e fundações de filantropia, reforçando o potencial global da proposta.

    O objetivo da Aliança é construir uma plataforma multilateral para combater a insegurança alimentar e reduzir os índices de pobreza extrema, especialmente em regiões mais vulneráveis. Fontes próximas às negociações apontam que o número de adesões pode aumentar nas próximas semanas, à medida que outros países e entidades avaliam a proposta.

    Uma resposta ao cenário global de crise alimentar - A fome afeta atualmente cerca de 735 milhões de pessoas no mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). O impacto da pandemia, seguido por crises geopolíticas e mudanças climáticas, agravou a insegurança alimentar em diversas regiões. Com isso, a criação da Aliança surge como uma tentativa de resposta articulada para enfrentar o problema em múltiplas frentes, incluindo financiamento, tecnologia e inovação agrícola.

    Liderança brasileira na diplomacia internacional - A proposta, apresentada inicialmente pelo governo brasileiro, tem sido considerada uma das principais contribuições do Brasil à presidência rotativa do G20 em 2024. Analistas destacam que o país busca fortalecer sua posição como líder em políticas sociais globais, aproveitando sua experiência em programas de combate à fome, como o Bolsa Família e o Fome Zero. 

    A adesão de grandes economias, como China, Estados Unidos e Índia, reforça o peso político da Aliança. Além disso, a participação de instituições financeiras, como o Banco Mundial e o Banco de Desenvolvimento dos BRICS, amplia as possibilidades de financiamento de projetos.

    Próximos passos e desafios - O próximo desafio será transformar o compromisso político em ações concretas. Entre as medidas propostas estão o fortalecimento de cadeias de produção alimentar, apoio direto a comunidades vulneráveis e a criação de um fundo global para emergências alimentares.

    Especialistas apontam, no entanto, que o sucesso da iniciativa dependerá da capacidade de engajamento dos países signatários e da coordenação eficiente entre os diferentes atores. Para isso, a Aliança deverá adotar mecanismos de governança que garantam a transparência e a efetividade dos projetos.

    Com a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, o Brasil busca não apenas deixar um legado no G20, mas também impulsionar uma cooperação internacional que pode, finalmente, dar respostas significativas a um dos problemas mais urgentes do mundo.

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