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    Irã adverte Israel sobre retaliação caso país seja atacado

    Comandante iraniano promete resposta dolorosa caso Israel ataque, enquanto cresce o temor de um conflito mais amplo no Oriente Médio

    Bandeiras de Israel (à esq.) e do Irã (Foto: Reprodução I Divulgação)

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    Reuters – O comandante da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami, fez uma advertência pública a Israel nesta quinta-feira (17), afirmando que qualquer ataque de retaliação por parte do Estado judeu será severamente punido. As declarações foram dadas em resposta ao aumento das tensões entre os dois países, após um ataque com mísseis realizado pelo Irã em 1º de outubro, em retaliação a bombardeios israelenses contra militantes aliados de Teerã.

    Em um discurso transmitido pela televisão iraniana, Salami foi categórico: "Dizemos a vocês [Israel] que, se cometerem qualquer agressão contra qualquer ponto nosso, atacaremos dolorosamente o mesmo ponto de vocês". Ele ainda destacou que o Irã possui a capacidade de penetrar as defesas israelenses, aumentando o temor de uma escalada militar na região.

    O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, conversou com o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, na quarta-feira, em uma tentativa de evitar que o conflito entre Israel e o Hezbollah, grupo militante apoiado pelo Irã no Líbano, se transforme em uma guerra regional.

    Enquanto isso, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, está em uma viagem diplomática pelo Oriente Médio, fazendo uma parada no Egito para discussões com autoridades locais. A União Europeia também se manifestou, pedindo calma e enfatizando a importância do engajamento diplomático para evitar uma escalada ainda maior no conflito.

    Israel, por sua vez, mantém suas operações militares tanto no Líbano quanto em Gaza, visando militantes do Hezbollah e do Hamas. O governo israelense já declarou que não pretende interromper suas ações enquanto não garantir a segurança de seus cidadãos nas áreas próximas à fronteira com o Líbano.

    Em meio ao agravamento da situação, um ataque aéreo israelense na quarta-feira destruiu o edifício da sede municipal de Nabatieh, no sul do Líbano, matando 16 pessoas, incluindo o prefeito local. O primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, condenou o ataque, acusando Israel de mirar diretamente em alvos civis e estatais.

    A guerra entre Israel e o Hezbollah já resultou na morte de mais de 2.350 pessoas no Líbano, segundo dados do Ministério da Saúde local, e mais de 1,2 milhão de pessoas foram deslocadas. Em Israel, cerca de 50 pessoas, entre civis e militares, perderam a vida no mesmo período.

    O desenrolar dos eventos mostra o quão frágil é a estabilidade na região, com a comunidade internacional temendo que o conflito ultrapasse as fronteiras israelenses e libanesas, arrastando outros atores regionais para o centro das hostilidades.

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