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    Israel ataca escolas e complexo hospitalar em Gaza e mata 44 palestinos

    Imagens que circularam na mídia palestina mostraram corpos espalhados dentro do pátio de uma das duas escolas destruídas pelas explosões

    Destroços deixados por ataque israelense em Deir Al-Balah, na Faixa de Gaza (Foto: REUTERS/Ramadan Abed)

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    CAIRO (Reuters) - Um ataque aéreo israelense atingiu duas escolas na Cidade de Gaza neste domingo, matando pelo menos 30 pessoas, informou a agência de notícias oficial palestina, enquanto os militares israelenses disseram ter atingido um complexo militar do Hamas disfarçado dentro das escolas.

    Outro ataque aéreo israelense havia atingido um acampamento dentro de um hospital no centro de Gaza no início do dia. Autoridades de saúde de Gaza disseram que pelo menos 44 palestinos foram mortos neste domingo, apenas um dia depois de uma rodada de negociações no Cairo visando um cessar-fogo terminar sem resultado.

    Imagens que circularam na mídia palestina mostraram corpos espalhados dentro do pátio de uma das duas escolas destruídas pela explosão, enquanto os moradores corriam para carregar os feridos, incluindo crianças, e os colocavam em ambulâncias para pelo menos dois hospitais próximos.

    A agência de notícias oficial palestina WAFA e a mídia do Hamas disseram que dezenas de pessoas ficaram feridas, além das 30 vítimas fatais nas escolas de Hassan Salama e Al-Nasser, que abrigavam famílias palestinas desalojadas. Eles disseram que o ataque destruiu várias estruturas dentro das instalações.

    As Forças Armadas israelenses disseram que atingiram membros do Hamas cujo comando estava instalado dentro destas escolas, acusando o Hamas de operar disfarçado dentro de instalações civis. O Hamas nega o uso de instituições civis para fins militares.

    O escritório de comunicação do governo palestino disse que Israel atingiu 172 abrigos designados, a maioria escolas, que alojam milhares de famílias deslocadas pela guerra desde 7 de outubro.

    No início do dia, um ataque israelense dentro do complexo do Hospital Al-Aqsa provocou um incêndio e feriu pelo menos 18 pessoas, além de matar cinco, segundo autoridades médicas.

    Os militares israelenses disseram que atingiram um militante que "conduzia atividades terroristas" e que explosões secundárias foram identificadas, indicando a presença de armas na área.

    O complexo hospitalar fica em Deir Al-Balah, uma área repleta de milhares de pessoas desalojadas pelos combates em outras partes do enclave.

    Em outro lugar em Deir Al-Balah, três palestinos foram mortos quando um míssil israelense atingiu uma casa. Novos ataques israelenses mataram oito pessoas dentro de suas casas no campo de Jabalia, no norte da Cidade de Gaza, e três dentro de um carro.

    Moradores de áreas ao sudeste da cidade de Khan Younis, no sul de Gaza, e ao norte de Rafah, onde houve fortes combates no mês passado, relataram ter recebido ordens de retirada dos militares israelenses.

    O porta-voz do Exército israelense publicou ordens no X pedindo aos moradores dessas regiões que se dirijam à zona humanitária, dizendo que as tropas logo agirão com força contra os militantes que realizam ataques a partir delas.

    O Exército israelense também disse que está trabalhando no desmantelamento de um túnel no corredor de Philadelpi, na fronteira com o Egito, descoberto na semana passada por tropas que procuravam infraestrutura subterrânea do Hamas na região.

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