Israel bombardeia aeroporto no Iêmen onde estavam diretor-geral da OMS e membros da ONU
Tedros Adhanom Ghebreyesus estava no Iêmen para tratar de questões humanitárias, incluindo a libertação de membros da ONU detidos pelos rebeldes Houthis
247 - Israel bombardeou nesta quinta-feira (26) o Aeroporto Internacional de Sanaa, na capital do Iêmen, enquanto o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, e outros membros da organização estavam no terminal, informa a Xinhua. A informação foi confirmada por Tedros, que relatou os momentos de tensão logo após o bombardeio: “Quando estávamos prestes a embarcar, o aeroporto foi alvo de um ataque aéreo. Um membro da tripulação ficou ferido e pelo menos duas pessoas morreram no local”, contou.
Além das vítimas fatais, o ataque causou danos consideráveis à infraestrutura do aeroporto, atingindo a torre de controle, o saguão de embarque e a pista de decolagem. “A apenas alguns metros de onde estávamos, os danos foram extensos. Precisaremos esperar que o aeroporto seja reparado antes de podermos seguir viagem”, disse o chefe da OMS, garantindo, no entanto, que ele e seus colegas da ONU estavam em segurança.
Tedros Adhanom Ghebreyesus estava no Iêmen para tratar de questões humanitárias, incluindo a libertação de membros da ONU detidos pelos rebeldes Houthis, que controlam boa parte do país. Desde junho, 13 funcionários da ONU foram capturados em uma aparente operação coordenada pelos Houthis, que enfrentam dificuldades econômicas e ataques aéreos de uma coalizão liderada pelos EUA. Além disso, o grupo tem intensificado ataques contra embarcações comerciais no Mar Vermelho, o que tem gerado retaliações internacionais.
O exército israelense, por sua vez, justificou o bombardeio com base em informações de inteligência, destacando que as infraestruturas atingidas, como o aeroporto de Sanaa e usinas de energia nos territórios controlados pelos Houthis, estavam sendo usadas para contrabando de armas iranianas e entrada de oficiais do Irã na região. Em nota, Israel afirmou que o objetivo da ofensiva era interromper a escalada dos Houthis, que vinham ampliando seus ataques contra Israel e rotas de navegação no Oriente Médio.
Nas redes sociais, imagens do ataque mostram grandes explosões e uma densa fumaça negra subindo dos edifícios atingidos. O ataque israelense é considerado parte de uma operação mais ampla para desestabilizar as infraestruturas usadas pelos Houthis para ações militares contra seus adversários e na região.
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