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    Houthis desafiam Israel com drone e mísseis: ataque direto em Tel Aviv e em zona industrial

    'O drone atingiu seu alvo com precisão', disse o movimento do Iêmen

    Combatentes houthis e apoiadores (Foto: REUTERS/Khaled Abdullah)
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    247 - O movimento Ansar Allah, localizado no Iêmen e conhecido como houthis, confirmou nesta quarta-feira (25) que usou drones para atacar a capital israelense, Tel Aviv, e uma zona industrial na cidade de Ashkelon.

    "As Forças Armadas do Iêmen realizaram duas operações militares, sendo que a primeira teve como alvo um ponto vital e sensível do inimigo israelense na área ocupada de Jaffa [Tel Aviv], utilizando um drone, e a operação atingiu seu objetivo com sucesso. A segunda teve como alvo a zona industrial do inimigo israelense na área ocupada de Ashkelon, utilizando um drone que atingiu seu alvo com precisão", informou a declaração, conforme a Sputnik. 

    No último sábado (21), os houthis reivindicaram a responsabilidade por um ataque noturno com foguete contra Tel Aviv, que feriu levemente 16 pessoas. Israel e os Estados Unidos fizeram ataques repetidos a várias instalações no Iémen. Nessa terça-feira (24), o governo israelense afirmou ter repelido outro ataque de mísseis do movimento houthi.

    "Qualquer um que levantar a mão contra Israel terá sua mão cortada, e o longo braço das FDI o atingirá e o responsabilizará", afirmou o ministro da Defesa israelense, Israel Katz.

    Contexto

    Os Houthis atacaram Israel nos últimos meses por causa do genocídio cometido na Faixa de Gaza, onde, segundo o Ministério da Saúde local, mais de 45 mil palestinos morreram vítimas dos bombardeios israelenses desde outubro do ano passado. No último sábado (21), um míssil lançado do Iêmen atingiu a região de Tel Aviv, deixando quase 20 pessoas feridas.

    Apoiado pelo Irã, o movimento Houthi nasceu nos anos 1990, quando seu líder, Hussein al-Houthi, lançou o movimento Believing Youth ("Juventude Crente"), associado ao islamismo xiita conhecido como zaidismo. Os Houthis têm atacado Israel devido ao genocídio cometido pelas forças israelenses na Faixa de Gaza.

    Em 1º de outubro deste ano, forças iranianas lançaram cerca de 200 mísseis contra Israel. A iniciativa foi uma retaliação à morte de aliados do governo iraniano, como Hassan Nasrallah, chefe do Hezbollah. Comandado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o governo israelense afirmou que estava sendo atacado por forças iranianas desde outubro de 2023.

    Apoiado pelo Irã, o Hezbollah é sediado no Líbano, onde Israel lançou, em 23 de setembro, ataques que deixaram mais de 500 vítimas fatais no dia mais mortal desde 2006. Em 4 de novembro, o Ministério da Saúde libanês informou que, nos 13 meses anteriores, mais de 3 mil pessoas morreram e mais de 13 mil ficaram feridas vítimas dos ataques israelenses. Mais de 1,2 milhão de pessoas precisaram se deslocar.

    Uma equipe jurídica da África do Sul denunciou Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ) devido ao genocídio em Gaza. O órgão, sediado na Holanda, recomendou a paralisação do massacre, mas Israel expandiu suas ofensivas e mais países se envolveram em conflitos.

    O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, continua solto. Ele é apoiado pelos Estados Unidos. Parlamentares da extrema-direita norte-americana pressionaram o Tribunal Penal Internacional (TPI) a não emitir um mandado de prisão contra o premiê. 

    Em 21 de novembro, o TPI, também sediado na Holanda, expediu mandados de prisão contra Netanyahu, o ex-ministro da Defesa de Israel Yoav Gallant e Mohammed Deif, líder do Hamas que Israel afirmou ter matado. O grupo islâmico controla a Faixa de Gaza.

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